• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A guerra do dólar. O Tratado Transpacífico e o conflito da Síria marcam a reorganização da economia pelas grandes empresas e o Fed

Mais Lidos

  • Segundo a ministra-presidente do Supremo Tribunal Militar, o país necessita de vigilância constante

    “O Brasil tem uma tradição autoritária, com surtos de liberalidade”. Entrevista especial com Maria Elizabeth Rocha

    LER MAIS
  • Carta aberta ao Papa Leão XIV: “Chegou a hora de derrubar muros”

    LER MAIS
  • Gaza. “Não há precedentes. Falta leite para os recém-nascidos. O mundo deve intervir”. Entrevista com Amjad Shawa

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

29 Outubro 2015

"O que está inscrito nos rabiscos do TPP e do Tratado Transatlântico é uma tentativa de submeter uma fração importante do espaço asiático e europeu ao “novo mercantilismo” da grande empresa transnacional dispersa geograficamente, mas extremamente concentrada sob o controle dos megabancos americanos, ingleses e europeus e de seus fundos mútuos e fundos de pensão", escrevem Gabriel Galípolo e Luiz Gonzaga Belluzzo, em artigo publicado por CartaCapital, 29-10-2015.

Segundo os economistas, "o coincidente anúncio do acordo comercial do Pacífico, que, por questões geográficas, dá as costas à Europa e estabelece parceria com países nas áreas de influência dos BRICS, excluindo-os, na mesma semana em que a Rússia invoca protagonismo na questão Síria, possibilitando estabelecer uma posição estratégica naquela área de influência e, simultaneamente, resolver uma das grandes aflições europeias, pode configurar-se como catalisador na formação do bloco de oposição à hegemonia norte-americana".

Eis o artigo.

Duas notícias aparentemente desconexas ocuparam as manchetes na semana passada: a criação de um megabloco comercial, o Tratado Transpacífico - TPP,  integrado por Estados Unidos, Japão e mais dez economias, que perfazem 40% do PIB mundial; e o protagonismo da Rússia na guerra da Síria, uma intervenção militar em clara oposição aos interesses e desejos norte-americanos.

Henry Kissinger, em seu livro Sobre a China, descreve o processo de aproximação entre EUA e China durante a gestão Nixon (1968-1974), do qual foi assessor de Segurança Nacional, como resultado de interesses comuns em frear a “ameaça do projeto de hegemonia soviética”. Narra que Chou En-lai, premier chinês no período, quando escreveu sobre o restabelecimento da amizade entre os povos chinês e americano, descreveu uma atitude necessária para promover um novo equilíbrio internacional, não um estado final de relacionamento entre os povos.

Na década de 1970, momento da aproximação China-EUA, a experiência do capitalismo “social” e “inter-nacional” do imediato pós-Guerra sofria do mal-estar do primeiro choque do petróleo, da estagflação e do endividamento da periferia alimentado pela reciclagem dos petrodólares. A inflação sucumbiu diante da elevação dos juros promovida por Paul Volcker em 1979. Além de lançar o país na recessão, o gesto do Federal Reserve não só aplacou a inflação de dois dígitos nos Estados Unidos, mas, sobretudo, reinstaurou a soberania do dólar como moeda-reserva, extinguindo a ameaça de fracionamento do sistema monetário internacional. A punhalada de Volcker desmontou as pretensões dos europeus de encaminhar a substituição do dólar por um ativo de reserva administrado pelo FMI e lastreado em uma cesta de moedas.

O choque de juros afetou especialmente os países emergentes, espremidos entre a súbita escassez do meio de pagamento internacional e o elevado serviço da dívida externa já contratada. O célebre problema da transferência de recursos quebrou as economias periféricas que singraram os mares da abundante liquidez no mercado internacional e levaram à exasperação o seu endividamento em dólares.

De uma perspectiva geopolítica e geoeconômica, a inclusão da China no âmbito dos interesses americanos é o ponto de partida para a ampliação das fronteiras do capitalismo, movimento que iria culminar no colapso da União Soviética e no fortalecimento dos valores e propostas do ideário neoliberal.

A recuperação do poder do dólar instaurou um novo regime de coordenação da economia mundial e abriu espaço para o comando dos mercados financeiros anglo-saxões sobre as estratégias empresariais e as políticas econômicas. Ao contrário do que reza a vulgata de certa esquerda ou pregam os delírios da direita obtusa, a nova etapa do capitalismo, dita neoliberal, não buscou e muito menos realizou a propalada redução das funções do Estado.

Em sua sabedoria sistêmica (nada de teorias conspiratórias, por favor), o neoliberalismo promoveu a apropriação do Estado pelas forças da grande corporação transnacional empenhada na concorrência global. Desde os anos 1980, o capitalismo “social” e “inter-nacional” do imediato pós-Guerra transfigurou-se no capitalismo “global” “financeirizado” e “desigual.”

A relação econômica sino-americana promoveu o fluxo de investimento dos Estados Unidos para a China, a exportação de manufaturas com ganhos de escala refletidos em baixos preços da China para os EUA, o endividamento para sustentar o consumo das famílias americanas submetidas à estagnação ou queda dos rendimentos. Foi na força do dólar e na resiliência de seu mercado financeiro que a grande empresa americana sustentou a migração de suas fábricas para regiões de menor custo relativo. As entradas de “investimento de portfólio” financiaram a saída líquida de capital produtivo.  

Nesse jogo da grande finança com a grande empresa, conforma-se uma mancha manufatureira que pulsa em torno da China. O modelo sino-americano garantiu inflação baixa e taxas de juros idem e as reservas chinesas em dólares fechavam o circuito endividamento-gasto-renda-poupança. Enquanto o Japão patinava e ainda patina na estagnação sem fim, abriam-se as portas para a rápida e avassaladora ascensão do Império do Meio, alçado em poucas décadas para a cumeeira da economia global, ocupando hoje o segundo posto na hierarquia das potências econômicas.

A crise financeira internacional de 2008 é filha da ampliação, reprodução e automatização desse movimento de integração internacional das economias capitalistas. Desde então, tanto Estados Unidos quanto China, com maior ou menor intensidade, têm dedicado esforços para promover a “reinternalização” de seus circuitos de “geração de valor” (leia-se formação de renda e emprego). Curiosamente, o que no modelo anterior se apresentava como virtude, agora é vício.

Nos EUA, os esforços concentram-se na repatriação de parte do parque produtivo norte-americano, pretensão que esbarra nas tendências à valorização do dólar, tendências inexoravelmente associadas ao poderio do seu mercado financeiro. Na China, a mudança encaminha-se para reduzir a dependência das exportações líquidas e da elevada taxa de investimento. O novo modelo chinês pretende elevar o consumo e a participação dos serviços na formação da renda e do emprego.

O que está inscrito nos rabiscos do TPP e do Tratado Transatlântico é uma tentativa de submeter uma fração importante do espaço asiático e europeu ao “novo mercantilismo” da grande empresa transnacional dispersa geograficamente, mas extremamente concentrada sob o controle dos megabancos americanos, ingleses e europeus e de seus fundos mútuos e fundos de pensão.

O trabalho pioneiro de James Glattfelder, Decoding Complexity – Uncovering Patterns in Economic Networks, desvela de forma rigorosa a concomitância entre a constituição das cadeias globais de valor e a brutal centralização do controle da produção e da distribuição da riqueza em um núcleo reduzido de grandes empresas e instituições da finança “mundializada” que mantêm entre si nexos de dependência nas decisões estratégicas.

Nesse quadro, o divórcio EUA-China encaminha-se para uma solução menos amigável com a sedução de novos parceiros, na busca de relações comerciais e financeiras cuja interdependência possa se revelar mais favorável, em um cenário de concentração do controle das decisões no bloco empresarial hegemônico e de competição entre nações.

A imprensa internacional vem se movendo em torno da interpretação apresentada pela The Economist em maio de 2015, sugerindo um pouco afetuoso “abraço de urso” (com o Dragão!), para a manchete do The Guardian de julho desse ano, “China e Rússia: O novo superpoderoso eixo mundial”. A reportagem exibe o exponencial crescimento do comércio da China para a Rússia a partir de 2009 e a elevação dos investimentos no mesmo sentido, especialmente a partir de 2013.

O coincidente anúncio do acordo comercial do Pacífico, que, por questões geográficas, dá as costas à Europa e estabelece parceria com países nas áreas de influência dos BRICS, excluindo-os, na mesma semana em que a Rússia invoca protagonismo na questão Síria, possibilitando estabelecer uma posição estratégica naquela área de influência e, simultaneamente, resolver uma das grandes aflições europeias, pode configurar-se como catalisador na formação do bloco de oposição à hegemonia norte-americana.

Tudo isso às voltas de avisos alarmantes do FMI quanto aos riscos decorrentes do aumento do endividamento dos países emergentes em dólares que, com a elevação das taxas de juros norte-americana, deve nos brindar com o enredo da novela conhecido como “não vale a pena ver de novo”, impondo mais uma vez ao mundo o ônus decorrente de um único país deter o monopólio do controle da moeda internacional.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados