Por: Jonas | 17 Agosto 2015
Em dezembro de 2015, os líderes mundiais se reunirão na Cúpula do Clima das Nações Unidas em Paris (COP-21) com o objetivo de assinar um tratado para combater a mudança climática. Os católicos não podem ficar indiferentes a estas decisões, por este motivo o Movimento Católico Mundial pelo Clima (MCMC), seguindo as diretrizes da Laudato Si’, está coletando assinaturas dos católicos de todo o mundo para levantar uma voz forte, exigindo uma ação enérgica pelo clima.
Fonte: http://goo.gl/LZavkf |
A reportagem é publicada por Religión Digital, 14-08-2015. A tradução é do Cepat.
O papa Francisco que, em dezembro passado, destacou que “a respeito da mudança climática, há um imperativo ético claro, definitivo e irrefutável para atuar”, foi o primeiro a dar o seu apoio a esta petição.
“O papa Francisco nos deu um grande apoio para que sigamos com este trabalho, para que nós, católicos de todo o mundo, atuemos de forma coordenada contra a crise da mudança climática”, disse Tomás Insúa, cofundador do MCMC da Argentina.
“Francisco inclusive brincou dizendo que estávamos competindo com a sua encíclica. Seu apoio a nosso trabalho é muito importante para criar consciência dentro da comunidade católica mundial, e reunir mais assinaturas”, destacou Insúa.
De sua parte o Papa presenteou o MCMC com o livro “A Energia do Sol no Vaticano”, para ressaltar o compromisso da Santa Sé com a energia renovável, como alternativa para enfrentar a crise da mudança climática.
Além do Santo Padre, o cardeal Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila e presidente da Cáritas Internacional, e o cardeal Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, apoiaram e promoveram a petição católica pelo Clima.
Fundado em 2014, o MCMC tornou-se conhecido mundialmente durante a visita do papa Francisco às Filipinas, em janeiro deste ano, e também marcou presença nas viagens do Pontífice pela América Latina, especialmente no Equador e Bolívia.
Os fundadores do movimento, provenientes do Quênia, Argentina, Estados Unidos, Filipinas e Austrália, buscam fazer ouvir a voz de mais de 1,2 milhão de católicos em favor do cuidado da criação, dos pobres (os mais vulneráveis diante da mudança climática) e das futuras gerações. Em apenas seis meses, o MCMC se espalhou pelos cinco continentes, com mais de 160 organizações católicas associadas, entre as quais estão dioceses, congregações religiosas, universidades, ONGs e paróquias.
O MCMC centrará suas ações, durante este ano, na Cúpula sobre o Clima de Paris (COP-21). Mediante uma série de ações, buscará instar governos, classe política, empresários e líderes sociais a se comprometer com uma ação climática ambiciosa, para resolver esta crise urgente e manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5 grau centígrado (relativo a níveis pré-industriais).
A “Petição Católica pelo Clima” busca reunir pelo menos um milhão de assinaturas que apoiem o chamado do Papa em favor do clima, assim como escreveu em sua carta encíclica Laudato Si’.
O MCMC solicita que cada um dos católicos dê maior força a esta voz, por meio do apoio a estas iniciativas em favor da ‘casa comum’. A petição pode ser assinada aqui.
Além da coleta de assinaturas para apresentar na COP-21, para 2015, o MCMC tem previsto as seguintes iniciativas:
“O Tempo da Criação”, um tempo de celebração e ação compreendido entre o dia 1º de setembro e o dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, para refletir à luz da Laudato Si’ sobre o Cuidado da Criação.
Promoção da encíclica Laudato Si’. Sendo a primeira encíclica sobre a ecologia, o MCMC facilitará que seja lida por toda a comunidade católica, para refletir sobre a crise ecológica e passar à ação. Podem ser aproveitados os recursos educativos na página web do movimento para a organização de grupos de estudo em paróquias e demais organizações.
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O Papa apoia a ideia de levar a voz dos católicos à Cúpula do Clima de Paris - Instituto Humanitas Unisinos - IHU