11 Agosto 2015
Nas Notícias do Dia de 10-08-2015, publicadas pelo IHU, é reproduzida uma entrevista de Renato Meirelles, diretor do Data Popular, concedida ao El País. Ele apresenta sua análise de como a população de classes sociais com menor poder aquisitivo está encarando a crise política brasileira. O pesquisador analisa, inclusive, os efeitos de uma aliança entre Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, numa espécie de “aliança de estadistas” em torno de uma ideia comum de nação. As duas figuras são apresentadas como ícones que, estando próximos, quebrariam com a polarização que traz não o ideal comum de nação, mas o interesse político partidário. Na entrevista de Meirelles, essa ideia de união é associada à Oração de São Francisco – “onde houver ódio que eu leve o amor” e “onde houver dúvidas que eu leve a fé”. Mas o que Francisco de Assis pode ter a ver com a crise brasileira?
O comentário é de João Vitor dos Santos, jornalista.
Foto: commons.wikimedia.org |
Na edição 469 da revista IHU On-Line, o ECOmenismo de Laudato Si’, a historiadora italiana Chiara Frugoni apresenta uma face bem menos cândida do frei. É uma face combativa, de quem entendia a complexidade da criação e não se acomodava com o que era posto. Isto o colocava em rota de choque até mesmo com o clero medieval.
“Enquanto a Igreja, em armas, sonhava, em nome de Deus, conquistar a Terra Santa e aniquilar também fisicamente os muçulmanos, Francisco explicava aos frades como deviam viver entre os muçulmanos”, destaca a pesquisadora.
Sendo assim, quem sabe a história de Francisco de Assis possa inspirar a largarmos nossas armas e pensarmos em união em prol de um bem comum? Fica o convite à leitura, por esta perspectiva integral de crise.
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Francisco de Assis e a crise política brasileira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU