Turquia e Estados Unidos definem seus objetivos

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: Jonas | 31 Julho 2015

Estados Unidos e Turquia ainda não entraram em um acordo acerca de quais dos combatentes da oposição síria irão apoiar em um esforço conjunto para ajudar a retirar o Estado Islâmico (EI) de uma área na fronteira com a Turquia, admitiram os servidores estadunidenses.

A reportagem é de Suzan Fraser, publicada por Página/12, 30-07-2015. A tradução é do Cepat.

Quando o gabinete turco aprovou formalmente o uso da base aérea de Incirlik, por aviões estadunidenses, para atacar objetivos do EI dentro da Síria e Iraque, ficou-se sabendo que outros detalhes do plano ainda estão para ser resolvidos, incluindo até onde na Síria a “zona de segurança” livre do EI poderia se estender e quando os aviões começarão a conduzir missões de combate, a partir do território turco.

A administração do presidente Barack Obama, precavida em ser arrastada à guerra civil na desordenada Síria, teve problemas até o momento para encontrar parceiros suficientes, no local, para ajudar a recuperar parte do território nas mãos do EI, dependendo fortemente dos combatentes curdos.

A Turquia, por sua vez, não confia nos combatentes curdos e pode estar menos preocupada do que Washington em relação aos grupos que possuem alguns vínculos extremistas ou com ambições de ampliar a luta para derrubar o presidente sírio Bashar al Assad. “Precisamos sentar com os turcos e verificar”, disse um servidor da administração Obama, que falou sob a condição de anonimato. O servidor reconheceu que há grupos de oposição na Síria que “absolutamente não trabalharemos com eles”.

Ressaltando as tensões sobre os objetivos estratégicos dos dois países, aviões turcos alcançaram objetivos rebeldes curdos no norte do Iraque, durante a madrugada de ontem, e o governo disse que os ataques continuarão até que os rebeldes deponham as armas. Os ataques aéreos da Turquia contra os rebeldes curdos, que aconteceram ao mesmo tempo em que começou a tomar medidas enérgicas contra o EI, reavivam um conflito de 30 anos com os insurgentes e deixam um frágil processo de paz, de dois anos, feito em pedaços.

No último ataque, aviões de combate turcos bombardearam uma meia dúzia de postos pertencentes ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão, o PKK, disse um comunicado do governo. Os lugares incluíam uma fortaleza montanhosa do grupo em Qandil. Um porta-voz do PKK, Bakhtyar Dogan, disse que os ataques aéreos duraram três horas. Não se tinha números de vítimas.

Selahattin Demirtas, copresidente do Partido Democrático do Povo pró-curdo, pediu que se retomasse o processo de paz, mas o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu rejeitou o pedido.