30 Março 2015
Não é a "doutrina fria", não são as "prescrições" que dão alegria, mas a fé e a esperança de encontrar Jesus. Foi o que disse o papa na manhã dessa quarta-feira, ao celebrar a missa na capela da residência Santa Marta, como relata a Rádio Vaticano.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no jornal La Stampa, 26-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
E, mais uma vez, Francisco compara a atitude dos "doutores da lei", que reduzem a fé a regras, da atitude dos autênticos fiéis, que vivem o amor de Deus e do próximo. No centro da reflexão do pontífice, a alegria de Abraão, que exulta na esperança de se tornar pai, como lhe foi prometido por Deus, descrita na primeira leitura do dia.
Abraão está muito avançado na idade, assim como a sua esposa Sara, mas o idoso patriarca acredita, abre "o coração à esperança", está "pleno de consolação". Jesus lembra aos doutores da lei que Abraão "exultou na esperança" e "foi repleto de alegria".
"E isso é o que não entendiam esses doutores da lei", observou Francisco. "Eles não entendiam a alegria da promessa; não entendiam a alegria da esperança; não entendiam a alegria da aliança. Não entendiam! Não sabiam se alegrar, porque tinham perdido o sentido da alegria, que só vem da fé. O nosso pai Abraão foi capaz de se alegrar, porque tinha fé: foi feito justo na fé. Eles tinham perdido a fé. Eram doutores da lei, mas sem fé! Mas mais: tinham perdido a lei! Porque o centro da lei é o amor, o amor a Deus e ao próximo."
"Eles só tinham – continuou o papa, descrevendo a atitude dos doutores da lei – um sistema de doutrinas precisas e precisavam cada dia mais que ninguém as tocasse. Homens sem fé, sem lei, apegados a doutrinas que também se tornam uma atitude casuística: pode-se pagar o imposto a César, não se pode? Essa mulher, que foi casada sete vezes, quando for para o céu, será esposa daqueles sete? Essa casuística... Esse era o seu mundo, um mundo abstrato, um mundo sem amor, um mundo sem fé, um mundo sem esperança, um mundo sem confiança, um mundo sem Deus. E, por isso, não podiam se alegrar!"
Talvez, esses doutores da lei, acrescentou o Papa Bergoglio, também podia, se divertir, "mas sem alegria", ao contrário, "com medo". "Essa é a vida sem fé em Deus, sem confiança em Deus, sem esperança em Deus."
E "o seu coração estava petrificado". "É – explicou Francisco – ser fiel sem alegria, e a alegria não existe quando não há fé, quando não há esperança, quando não há lei, mas apenas as prescrições, a doutrina fria."
"A alegria da fé, a alegria do Evangelho – concluiu o pontífice – é a pedra de toque da fé de uma pessoa. Sem alegria, essa pessoa não é um verdadeiro fiel. Voltemos para casa, mas antes façamos a celebração aqui, com estas palavras de Jesus: 'Vosso pai Abraão exultou na esperança por ver o meu dia; ele o viu e alegrou-se'. E pedir ao Senhor a graça de ser exultantes na esperança, a graça de poder ver o dia de Jesus quando nos encontrarmos com Ele e a graça da alegria."
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Pedimos que Deus lhes conceda pleno conhecimento de sua vontade,
com toda a sabedoria e discernimento que vêm do Espírito.
Desse modo, vocês viverão uma vida digna do Senhor,
fazendo tudo o que ele aprova:
darão fruto em toda atividade boa e crescerão no conhecimento de Deus,
fortalecidos em todos os sentidos pelo poder de sua glória.
Assim vocês terão perseverança e paciência a toda prova.
Com alegria, dêem graças ao Pai,
que permitiu a vocês participarem da herança dos cristãos, na luz. Cl 1. 9-12)
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''É triste ser fiel sem alegria, só com a doutrina fria'' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU