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Defesa da família na era hipertécnica. Artigo de Mauro Magatti

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19 Março 2015

Na sociedade da potência técnica, em que a nossa capacidade de manipulação avança cada dia mais, somos interpelados pela radicalização do processo de individualização. Do qual a desagregação da família é sintoma evidente.

A opinião é do sociólogo e economista italiano Mauro Magatti, professor da Universidade Católica de Milão, em artigo publicado no jornal Corriere della Sera, 18-03-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O posicionamento público em favor da família tradicional por parte de Dolce e Gabbana despertou a reação veemente de Elton John, que não só acusou os dois estilistas de serem "arcaicos", mas também lançou uma campanha de boicote ao seu trabalho.

Diante de tanta reatividade (já vista em outras ocasiões), perguntamo-nos: tudo o que se pode fazer tecnicamente é legítimo em si mesmo? É não liberal se interrogar sobre as práticas que a técnica torna possíveis? É ainda admissível fazer perguntas sobre a realidade de tipo não simplesmente técnico?

Na realidade, por trás do bate-boca entre estrelas, há uma questão muito séria que nasce da "dupla desconexão" que, em anos recentes, pôs em discussão progressivamente os próprios pressupostos da família tradicional. Se, com a introdução da pílula, foi tecnicamente separado o ato sexual da reprodução, com a fecundação assistida a reprodução foi separada da sexualidade.

É por causa dessa dupla desconexão que a família – por séculos a célula social à qual era confiada a tarefa de gerir a complexa relação entre os sexos e entre as gerações – hoje é tão instável. Não se trata, portanto, apenas de uma mudança de costumes; in loco, há a hipótese de uma sociedade que se organiza prescindindo da família (que cometeu o erro de ter uma carga relacional incompatível com um modelo de vida programaticamente baseado na extensão ilimitada da liberdade de escolha individual).

Se os avanços técnicos não podem ser nem ignorados nem desprezados, ao mesmo tempo, não podem ser assumidos acriticamente. Estão em jogo a nossa liberdade e o nosso futuro.

Na sociedade da potência técnica, em que a nossa capacidade de manipulação avança cada dia mais, somos interpelados pela radicalização do processo de individualização. Do qual a desagregação da família é sintoma evidente.

Quem, como Elton John, pensa que a família é uma forma social tão indistinta a ponto de poder prescindir das duas dimensões que historicamente a definiram prospecta um mundo em que o indivíduo se torna a unidade social única e fundamental. Isto é, uma sociedade em que todas as relações – por definição, flexíveis e reversíveis – pode ser remetidas (mesmo em âmbitos sensíveis) aos indivíduos singulares e às suas escolhas. Com o único limite do tecnicamente possível e com formas de regulação exclusivamente técnicas e jurídicas. Que tal mundo seja desejável (e plenamente realizável) é no mínimo discutível.

Por outro lado, aqueles que querem defender a especificidade da família "reprodutiva" não podem se limitar a invocar a tradição. Em primeiro lugar, porque a família nem sempre foi o lugar da dignidade humana. E, depois, porque não faz sentido prescindir dos progressos científicos.

Diante da hipótese de uma sociedade organizada sobre a combinação cada vez mais imediata entre indivíduos e sistemas técnicos, a família, ao contrário, deve ser redescoberta e reproposta como um dos pouquíssimos lugares onde ainda é possível não só dar à luz alianças duradouras entre pessoas livres que compartilham uma esperança de futuro, mas também experimentar relações que não se enquadram integralmente no campo da escolha individual: é porque não se podem escolher os pais, nem os irmãos, nem os filhos que a família continua sendo preciosa na sociedade hipertécnica.

A ciência, a tecnologia, a liberdade de escolha são grandes conquistas às quais não teria sentido renunciar. E, no entanto, quanto mais avançamos nesse caminho, mais precisamos de lugares de resistência e de regeneração de um "humano não onipotente", onde o outro ainda possa ser aceito e reconhecido (em vez de descartado), mesmo quando não nos agrada, não funciona, é frágil ou é diferente das nossas expectativas. Na convicção de que justamente a experiência dessa "alteridade imperfeita" (na qual, mais cedo ou mais tarde, todos nós nos encontramos) constitua um baluarte contra desvios desumanizantes que se escondem nas dobras do nosso modelo de vida.

Está, portanto, em torno do tipo de sociedade que queremos para o nosso futuro aquilo que se pode e se deve discutir. Sem censuras, preconceitos ou reações histéricas.


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