Por: Jonas | 09 Março 2015
“Quanta solidão, quanto sofrimento, quanta distância de Deus em muitas periferias da Europa e da América, em muitas cidades da Ásia!”. Foi o que disse o Papa Francisco ao receber em uma audiência, na aula Paulo VI, o Caminho Neocatecumenal. “Hoje, eu confirmo seu chamado, apoio sua missão e abençoo seu carisma”, continuou o Pontífice argentino antes de fazer uma brincadeira (“Faço isso não porque ele me tenha pagado, mas porque quero fazer”) e de destacar, a respeito da missão dos neocatecumenais, que é necessário “passar de uma pastoral de simples conservação para uma pastoral decididamente missionária”, para evitar que “as águas se estagnem na Igreja”. Houve uma ovação de aplausos.
Fonte: http://goo.gl/IxIvXj |
A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 06-03-2015. A tradução é do Cepat.
O Papa também abençoou os sacerdotes e as famílias que partem em missão evangelizadora: “irão em nome de Cristo a todo o mundo levando o seu Evangelho: que Cristo os preceda, os acompanhe e os leve ao cumprimento dessa salvação da qual são portadores”. Após ter agradecido aos fundadores do caminho, Kiko Argüello e Carmen Hernández, presentes na primeira fila na companhia do padre Mario Pezzi e ao lado de quatro cardeais (Vallini, Filoni, Rouco Varela e Cordes), Francisco acrescentou: “eu digo sempre que o caminho neocatecumenal faz um grande bem à Igreja”: As comunidades missionárias, recordou o Papa, “são formadas por um presbítero ou por quatro ou cinco famílias, inclusive com filhos grandes, e constituem uma “missio ad gentes”, com um mandato para evangelizar aos não cristãos: os não cristãos que nunca escutaram falar de Jesus Cristo e todos os cristãos que esqueceram quem era e quem é Jesus Cristo. Não-cristãos batizados, aos quais a secularização, a mundanidade e muitas outras coisas – enfatizou Jorge Mario Bergoglio – fizeram esquecer a fé. Despertem esta fé”. Para o Papa, o mundo de hoje tem uma extrema necessidade da mensagem cristã: "Quanta solidão, quanto sofrimento, quanta distância de Deus em muitas periferias da Europa e da América, em muitas cidades da Ásia! Quanta necessidade tem o homem de hoje, em qualquer latitude, sentir que Deus o ama e que o amor é possível! Estas comunidades cristãs, graças a vocês famílias missionárias, têm a tarefa essencial de tornar visível esta mensagem: Cristo ressuscitou, Cristo vive, Cristo está entre nós”.
O Caminho Neocatecumenal, “um verdadeiro dom da Providência à Igreja de nossos tempos, como afirmaram meus predecessores” (indicou Bergoglio, citando em especial João Paulo II), “apoia-se nessas três dimensões da Igreja que são a palavra, a liturgia e a comunidade. Por isso, a escuta obediente e constante da Palavra de Deus; a celebração eucarística em pequenas comunidades após as primeiras vésperas do domingo – disse o Papa entre aplausos -; a celebração dos louvores em família no domingo, com todos os filhos, e compartilhar a própria fé com outros irmãos são a origem dos muitos dons que o Senhor lhes deu, assim como as numerosas vocações ao presbitério e à vida consagrada”.
O Papa enfatizou que “em diferentes ocasiões insistiu na necessidade de que a Igreja deve passar de uma pastoral de simples conservação a uma pastoral decididamente missionária. Quantas vezes na Igreja temos Jesus dentro e não o deixamos sair. Quantas vezes! Isto é o mais importante que devemos fazer, caso não queiramos que as águas se estagnem na Igreja”. A audiência começou com os habituais cânticos dos neocatecumenais e, em seguida, Kiko pronunciou um articulado discurso: “Espero ser breve...”, começou o fundador do Caminho, e depois apontou ao Papa os diferentes grupos nacionais que estavam presentes na aula das audiências. Entre os australianos havia, inclusive, um canguru de plástico. O Papa concluiu a audiência com a benção das comunidades, com duzentos e cinquenta famílias que partem em missão.
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Com as missões, a Igreja não estagna, diz Papa aos Neocatecumenais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU