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A viagem de Francisco ao Egito pode ser um daqueles “grandes momentos” da história

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02 Mai 2017

Seis anos atrás, um papa dirigiu-se ao Egito indignado com um atentado a uma igreja e pedindo iniciativas contra o extremismo religioso, com o que establishment político e religioso ficou eriçado. Hoje, o Papa Francisco veio ao Egito e disse praticamente a mesma coisa, e foi bem recebido. Uma coisa que parece ter mudado é a frustração crescente das pessoas comuns aqui com o terrorismo e a violência.

A reportagem é John L. Allen Jr., publicada por Crux, 30-04-2017. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Geralmente é difícil saber em tempo real quando algo histórico está se desdobrando, mas os últimos dois dias na capital do Egito, Cairo, na companhia do Papa Francisco, pareceram ter, no mínimo, a possibilidade de entrar para os livros de história como um daqueles “grandes momentos”.

Sexta-feira lançou um foco especial sobre a relação entre o Vaticano e a Al-Azhar, um complexo universitário e religioso por vezes chamado de “o Vaticano” do mundo sunita. E essa relação se deu à sombra de um grande e recente atentado terrorista dirigido contra a minoria cristã do país.

Esta demonstração de violência que aconteceu já vimos antes.

A seis anos atrás, em 01-01-2011, foram detonadas bombas em uma igreja copta na cidade de Alexandria, deixando 23 mortos. Em Roma, o Papa Bento XVI denunciou a atrocidade em sua oração do Angelus.

O pontífice falou que havia “sabido com tristeza da notícia do grave atentado contra a comunidade cristã copta em Alexandria, no Egito. Este ato mortal covarde, tal como plantar bombas perto das casas de cristãos no Iraque para forçá-los a sair, ofende a Deus e a humanidade inteira, que ontem mesmo orou pela paz e começou um ano novo com esperança. Diante desta estratégia de violência que tem alvejado os cristãos, e que possui consequências para a população inteira, rezo pelas vítimas e membros familiares, e encorajo as comunidades eclesiais a perseverar na fé e a serem testemunhos da não violência que decorre do Evangelho”, disse Bento.

Esta situação assemelha-se à visita do Papa Francisco ao Egito nos dias 28 e 29 de abril, que contou com um bombardeio a duas igrejas coptas no Delta do Nilo e em Alexandria, matando 45. Mais uma vez, o papa, desta vez Francisco, abordou a carnificina.

“Penso igualmente naqueles que foram atingidos nos atentados contra as igrejas coptas, quer em dezembro passado quer mais recentemente em Tanta e Alexandria”, disse na sexta-feira, dia 28, num discurso a lideranças políticas e civis.
“Aos seus familiares e a todo o Egito, as minhas sentidas condolências com a certeza da minha oração ao Senhor pela rápida recuperação dos feridos”.

O que é destacadamente diferente, no entanto, é a reação das lideranças políticas e clericais egípcias.

Em 2011, o governo denunciou os comentários de Bento XVI como uma “interferência inaceitável” e chamou o seu embaixador no Vaticano para consultas. A Al-Azhar juntou-se ao protesto, anunciando que estava suspendendo um diálogo anual com o Vaticano e reconsiderando outras formas de colaboração porque Bento vinha “repetidamente abordado o Islã de um modo negativo”.

Hoje, Ahmad al-Tayeb, o grande imã da Al-Azhar e efetivamente o clérigo islâmico mais importante do país, juntou-se aos aplausos a Francisco quando este invocou os mártires coptas, e tem sido tão enfático quanto o pontífice na denúncia da violência religiosa.

Os dois abraçaram-se fortemente na sexta-feira e, a certa altura, Tayeb pareceu visivelmente emocionado quando Francisco se referiu a ele como “meu irmão”. Tayeb até mesmo abriu o seu próprio discurso convidando a todos no salão a ficarem de pé num momento de silêncio pelas vítimas do terrorismo e como forma de consolar as famílias.

O que mudou em seis anos?

Por um lado, o contexto político no Egito está diferente. Em 2011, o governo do então presidente Hosni Mubarak enfrentava ondas de protesto, e seria tirado do poder em menos de um mês depois. Na época, alguns dos críticos de Mubarak até mesmo sugeriram que ele estava por detrás do atentado à igreja em Alexandria, numa tentativa desesperada de justificar certa repressão militar que pudesse frustrar os movimentos contrários.

Naquele contexto, o governo não estava disposto a responder a nenhuma crítica externa, inclusive do papa. Desta vez, o governo do presidente Abdel Fattah al-Sisi parece estar melhor assentado nas bases, desfrutando de um apoio amplo, e o próprio Sisi tem acenado a bandeira de luta contra o terrorismo e o extremismo religioso como uma prioridade de nacional.

E mais: Francisco não é Bento XVI, quem, merecidamente ou não, nunca se livrou do legado decorrente de um discurso polêmico em 2006 proferido em Regensburg, na Alemanha, o qual inflamou o sentimento muçulmano por aparentemente associar o Profeta Maomé à violência.

Francisco desfruta de uma imagem bem diferente dentro do mundo islâmico. A sua insistência de que o Islã é uma religião da paz, e que não existe “terrorismo islâmico” porque uma tal violência é incompatível com os princípios da fé verdadeira, ajudaram-no a atrair um enorme capital social e político.

Francisco igualmente tem o dom para falar muito através de pequenos gestos. Por exemplo, ele iniciou todas as falas que fez no Egito com a frase “As-Salaam-Alaikum”, cumprimento árabe padrão que significa “a paz esteja com vocês”, que os muçulmanos ouvem como um sinal de respeito.

Portanto, quando Francisco chegou ao Egito e pediu que os líderes religiosos “desmascarem” os pretextos para a violência, apontando para o sofrimento da igreja copta, suas palavras soaram como manifestações de uma causa comum.

Talvez, de um modo ainda mais fundamental, pode ser que estamos tendo a impressão de que os egípcios simplesmente encontram-se num lugar diferente daquele onde estavam há seis anos.

Foi isso o que escutei repetidas vezes das pessoas no Cairo, e não só de cristãos, mas da maioria muçulmana: elas estão cansadas de tanto terrorismo. Estão cansadas dos fanáticos e “malucos” que sequestram a religião adorada por muitos para justificar o mal, estão cansadas das batalhas e revoltas sectárias, e não querem no Egito aquilo que veem acontecer na Síria, no Iraque e em outros redutos do ISIS.

A propósito, esta mentalidade ajuda a explicar o apoio geral a Sisi, apesar de um histórico negativo na área dos direitos humanos e de uma reputação autoritária. Sete anos atrás, o egípcio médio poderia querer a liberdade acima de tudo; hoje, quer a liberdade e, também, segurança para desfrutá-la, e pode estar mais inclinado a ceder quanto à primeira em nome de desfrutar da segunda.
Assim, quando eu perguntei às pessoas – professores, varredores de ruas, garçons, motoristas de taxi, a pessoa que vendia cigarros na rua do hotel onde a imprensa estava alojada, e assim por diante – o que acharam do que o papa havia dito, a reação quase universal era algo como: “Já era tempo!”.

Essa reação era seguida geralmente por: “Espero que as pessoas certas estejam ouvindo”.

Em outras palavras, muitos egípcios, como as pessoas nos países em desenvolvimento, estão inclinados a enxergar o inimigo como sendo o Ocidente e a ver os líderes tidos como representantes da cultura ocidental, tais como o papa, com desconfiança. Hoje, elas parecem mais inclinadas a crer que o inimigo está no lado de dentro, e estão mais dispostas a abraçar uma liderança qualquer, independentemente de onde venha.

Talvez o que a breve viagem do papa ao Egito tenha conseguido fazer é aproximar um dos países muçulmanos mais importantes do mundo, disposto a traçar um limite contra o fanatismo, ao único líder cristão no mundo mais capaz de ajudar nesta tarefa.
De aproximações como estas às vezes resultam terremotos, e muitos egípcios aqui parecem estar à espera deste tipo de resultado que mude o mundo.

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