Anistia Internacional pede prisão de Bush

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17 Outubro 2011

A Organização de Direitos Humanos Anistia Internacional (AI) pediu às autoridades canadenses a prisão do ex-presidente americano George Walker Bush. O fato se deu logo após o anúncio da visita de Bush ao Canadá. A petição tem mil páginas e foi enviada à Procuradoria-Geral do país.

A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação - ALC, 17-10-2011.

A mais estruturada entidade internacional de Direitos Humanos considerou Bush legalmente responsável pelas seguidas violações de direitos humanos na sua Guerra ao Terror. Além das dezenas de mortos civis, especialmente mulheres e crianças, com “marines” metralhando pessoas em praças e feiras livres, como mostraram os arquivos divulgados pelos Wikileaks, Bush é acusado de permitir a tortura de presos.
 
O ex-presidente americano já deixou de viajar a Suíça em fevereiro desse ano por causa de uma mobilização semelhante de grupos de direitos humanos.

“Como as autoridades americanas até agora deixaram de levar o ex-presidente Bush à Justiça, a comunidade internacional precisa agir”, afirmou Susan Lee, membro da AI. “Se o Canadá não agir, estará violando a Convenção Contra a Tortura da ONU”, observou a militante de Direitos Humanos.
 
Além do uso descontrolado de tortura contra combatentes e civis, as forças de ocupação ilegal alvejaram também jornalistas, inclusive estadunidenses e britânicos, por não noticiarem de acordo com a orientação do Pentágono e por denunciarem crimes, execuções sumárias e apropriação indevida de bens.
 
A AI acusa Bush de autorizar a aplicação de "aprimoradas técnicas de interrogatório, como a simulação de afogamento em pessoas detidas secretamente pela CIA entre 2002 e 2009". A denúncia enfatiza que os presos sofriam "tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, como a privação do sono".
 
Os documentos americanos já tornados públicos dão sustentação às provas das acusações, incluindo a própria autobiografia do ex-presidente, lançada no ano passado, e os casos dos acusados de terrorismo Abu Zubaydah e Khalid Sheikh Mohammed, que sofreram 266 simulações de afogamento entre 2002 e 2003.
 
“Torturadores devem enfrentar a Justiça, e seus crimes são tão escandalosos que a responsabilidade de garantir a justiça precisa ser compartilhada por todos os países”, disse Alex Neve, chefe da sucursal canadense da AI. “Ninguém está acima da lei, nem o homem que foi presidente por oito anos do país mais poderoso do mundo”, agregou.
 
Bush é esperado no Canadá no próximo dia 20, quando participará de um fórum econômico no oeste do país. Esta será a terceira vez que o ex-presidente visita o país vizinho desde que deixou o cargo na Casa Branca. Nas outras ocasiões, o governo canadense ignorou pedidos semelhantes de prender Bush.