Por: André | 15 Julho 2016
O arcebispo de Mercedes-Luján, dom Agustín Radrizzani, negou que houvesse cumplicidade por parte das irmãs do convento de General Rodríguez com o ex-funcionário José López e confiou em que possam esclarecer sua situação perante a Justiça.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 14-07-2016. A tradução é de André Langer.
“Se o promotor indagar as irmãs, logo vai se dar conta de que não têm nada a ver. A irmã Alba me disse que elas acreditavam que as bolsas contivessem alimentos”, disse Radrizzani.
“Nunca vão esconder a verdade, mas a Justiça tem que investigar e esclarecer tudo”, acrescentou o prelado em declarações publicadas por um matutino portenho.
Um vídeo com imagens de câmeras de vigilância do convento, divulgado pela imprensa, mostra as irmãs ajudando o ex-secretário de Obras Públicas, José López, a levar para dentro bolsas contendo nove milhões de dólares.
Nas imagens, que motivaram o chamado ao interrogatório da irmã Celia Inés Aparicio por parte do promotor federal Federico Delgado, é possível ver López chegando ao local com cinco bolsas e uma arma longa debaixo do braço.
“Elas não foram cúmplices. Quando chegou ao mosteiro, López teve que pular as grades porque ninguém lhe abria. Está tudo muito em carne viva”, disse Radrizzani.
O promotor federal Federico Delgado, que trabalha na causa que investiga o ex-secretário de Obras Públicas José López, disse nesta quinta-feira que pediu o interrogatório de duas freiras do mosteiro onde foi preso o ex-funcionário kirchnerista já que suspeita que elas poderiam ter cometido o crime de “ocultamento”.
Além disso, adiantou que de acordo com os prazos processuais, o julgamento oral por enriquecimento ilícito poderia iniciar “dentro de alguns meses”, embora tenha esclarecido que isso dependeria do trabalho do juiz.
“As imagens mostram uma discrepância com o que as irmãs declararam. Pareceu-nos que poderia haver algum tipo de colaboração por parte das irmãs para que López pudesse esconder dinheiro que, evidentemente, era fruto de um crime. Isso as coloca naquilo que o Código Penal chama de ocultamento”, explicou.
Em declarações à Rádio Vorterix, o agente do Ministério Público detalhou que essa figura criminal “tem a ver com ajudar uma pessoa a apagar os dados de um crime”, e sustentou que, por isso, pediu “que sejam interrogadas como suspeitas”.
Confira o vídeo:
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Apesar do vídeo, arcebispo argentino nega cumplicidade das irmãs que esconderam nove milhões de dólares - Instituto Humanitas Unisinos - IHU