03 Dezembro 2015
Há duas circunstâncias que levam ao impeachment: a perda total da base de apoio e a legitimidade do pedido. Nenhuma das duas circunstâncias está presente no momento.
Aliás, a grande notícia é a de que a presidente – e o país – livraram-se de um chantagista.
O papel da oposição é complexo. Por mais que a popularidade da presidente Dilma Rousseff esteja em baixa, como justificar a aliança com um futuro réu condenado – e provavelmente preso – contra uma presidente sem nenhum respingo da corrupção levantada pela Lava Jato?
O comentário é de Luis Nassif, jornalista, publicado por Jornal GGN, 02-12-2015.
Cunha escolheu o pior dia para dar encaminhamento ao impeachment.
A aprovação das mudanças fiscais ocorreu depois do encaminhamento da proposta de impeachment, comprovando que, aos poucos, inequivocamente o governo começa a reconstruir sua base no Congresso.
O ano termina agora. Há uma boa probabilidade da aprovação da CPMF no primeiro trimestre de 2016, graças a um pacto entre governadores e prefeitos.
É possível que o gesto de Cunha tenha finalmente supurado a infecção que conturbava o ambiente político, com a presidência da Câmara entregue ao mais suspeito dos seus membros.
Espera-se que, agora, haja alguma dispersão desse exército das trevas que saiu das profundezas para ser liderado por Eduardo Cunha.
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O pior dia para Cunha deflagrar o impeachment - Instituto Humanitas Unisinos - IHU