A Federação Luterana Mundial (LWF) anunciou que a política da comunidade não irá investir mais nos combustíveis fósseis, e essa escolha é considerada como parte de um compromisso de longo prazo em apoio da justiça climática.

A reportagem é do jornal L'Osservatore Romano, 27-06-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O Conselho da LWF também convidou, por sua vez, as Igrejas-membro a "não investir nos combustíveis fósseis, a apoiar a eficiência energética e as energias renováveis e a encorajar as suas instituições e os membros individuais a fazerem o mesmo".

Através dessa decisão – afirma-se em um comunicado da Federação Luterana Mundial (com sede em Genebra) – "expressamos coerência e o desejo de enviar um forte sinal moral, porque o mundo precisa fazer uma mudança radical em direção a uma economia de baixas emissões de carbono, à gradual eliminação dos combustíveis fósseis e ao recurso às energias renováveis até meados deste século".

Também expressou-se satisfação por parte do secretário-geral da Federação Luterana Mundial, o Rev. Martin Junge. "Estamos contentes e encorajados pelo fato de o Conselho ter tomado a decisão de não investir nos combustíveis fósseis – disse –, e isso lança as bases do nosso compromisso a nos tornarmos carbon neutral até 2050. É um marco importante, e estamos confiantes, como comunidade confessional, de que podemos fazer a nossa contribuição dentro da nossa família humana para enfrentar o desafio das mudanças climáticas que afetam a nossa casa comum. Estamos cientes de que algumas das nossas Igrejas-membro, assim como o Conselho Mundial de Igrejas, nos precederam na decisão de não investir em empresas que tratam os combustíveis fósseis e que estamos começando a fazer parte de um movimento global, apoiado pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas."

Junge disse estar convicto de que "as mudanças climáticas são uma questão de justiça, de paz, de cuidado com a criação e de proteção para todos os povos do mundo, especialmente para os mais vulneráveis, os pobres, os indígenas e para quem não tem voz".

O Conselho luterano também ressaltou o compromisso de encorajar os outros "a se comprometerem com uma mudança profunda do estilo de vida e de um sistema mais amplo de produção e consumo. Devemos viver como cidadãos responsáveis deste planeta".