10 Novembro 2014
Deus abençoe as mídias online. Quase a metade dos adultos estadunidenses (46%) dizem ter visto alguém compartilhar “alguma coisa sobre a fé delas” na internet na semana anterior.
E 1 em cada 5 (20%) diz ter participado de uma ação espiritual na internet em sites e aplicativos de mídias sociais, compartilhando suas crenças no Facebook, pedindo por orações no Twitter ou mencionando num post que foram à igreja.
“O número de pessoas que viram assuntos ligados à religião na internet é realmente surpreendente”, disse Greg Smith, diretor associado para pesquisas sobre religião do Centro de Pesquisas Pew.
A reportagem é de Cathy Lynn Grossman, publicada por Religion News Service, 06-11-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Megapastores têm megasseguidores online. Joel Osteen, da Igreja de Lakewood, transmite os seus serviços religiosos em Houston online. Rick Warren, da Igreja de Saddleback, tem 1.8 milhão de curtidas em sua página no Facebook. E o Papa Francisco tem mais de 4.6 milhões de seguidores em língua inglesa, principalmente americanos, em sua conta no Twitter: o @Pontifex.
Não só pessoas religiosas encontram assuntos relacionados à fé na internet. Também encontram 50% dos sem religião: pessoas que afirmam não ter nenhuma identidade denominacional, desde ateus até os vagamente espirituais. E 7% dos sem religião dizem ter postado algum comentário online relacionado ao assunto. David Silverman, do grupo American Atheists, em sua conta no Twitter @MrAtheistPants, tem mais de 29 mil de seguidores.
No entanto, todo este debate digital sobre religião parece não ser um substituto para atividades off-line tais como ir à igreja, disse Smith.
A pesquisa sobre “Religião e Mídias Eletrônicas” [1] divulgada pelo Centro de Pesquisas Pew descobriu que 40% também disseram compartilhar a sua religiosidade no ambiente do mundo real.
“São as pessoas que vão com mais frequência à igreja as que estão mais propensas a se envolverem em atividades religiosas online”, informou Smith.
Os dois grupos com maiores índices de frequência à igreja fizeram a frente também no ambiente virtual. Entre os evangélicos brancos, 34% disseram compartilhar sua religiosidade online e 59% também assim o fez em pessoa. Protestantes negros também se mostraram ávidos em partilhar suas crenças: 30% compartilharam online e 42% em pessoa.
A pesquisa também mediu a participação religiosa nas “velhas mídias”, descobrindo que
• 23% assistiram a programas religiosas na TV,
• 20% escutaram programas religiosos no rádio,
•19% escutaram música rock cristã.
Os fãs das velhas mídias tinham mais idade também. As pessoas acima dos 50 anos se mostraram duas vezes mais propensas do que os mais jovens a assistir a programas religiosos na televisão.
As novas mídias – sites online e aplicativos – atraíram 58% de pessoas com menos de 50 anos, mas somente 31% dos mais velhos.
A pesquisa não apresentou nenhuma tendência nos dados pesquisas. Esta foi a primeira vez que o projeto na área da religião do Centro Pew investigou a questão.
Porém os resultados encontrados se encaixam com aqueles de uma pesquisa de 2011 feito pelo Projeto de Internet do mesmo centro de pesquisas. Esta pesquisa – intitulada “Engajamento Civil dos Americanos Religiosamente Ativos” [2] – descobriu que estes fiéis são também “articuladores”: estão altamente envolvidos não só na vida religiosa, mas também em atividades cívicas e caritativas. E eles são simplesmente tão envolvidos com a tecnologia e com atividades virtuais quanto qualquer outra pessoa.
A nova pesquisa sobre as mídias eletrônicas, com 3217 participantes, foi realizada online e por email entre os dias 30 de maio a 30 de junho. A margem de erro é 2,2% para mais ou para menos.
Notas
1.- Conferir artigo sobre a pesquisa em inglês aqui: http://www.pewforum.org/2014/11/06/religion-and-electronic-media/
2.- Pesquisa disponível aqui: http://www.pewinternet.org/2011/12/23/the-civic-and-community-engagement-of-religiously-active-americans/
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