16 Outubro 2014
O cardeal alemão Walter Kasper, promotor no Sínodo extraordinário sobre a família em curso no Vaticano de uma abertura à possibilidade de conceder, em alguns casos e depois de um caminho penitencial, a Comunhão aos casais de divorciados em segunda união, acredita que há uma "maioria" dos padres sinodais a favor da sua tese, mas prevê que, sobre esse tema, não será este Sínodo, mas sim o ordinário – já convocado para 2015 – que irá expressar uma opção.
A reportagem é do sítio TMNews, 15-10-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Eu espero que haja alguma abertura e acho que a maioria é a favor da minha tese", afirma o purpurado alemão em entrevista à agência Zenit. "Essa é a impressão que eu tenho, mas não houve uma votação. Acho que será permitida alguma abertura, mas penso que talvez será permitida na próxima parte do Sínodo".
Na "primeira fase do Sínodo, vi uma maioria crescente a favor da abertura. Eu a vi, mas não é nada mais do que uma impressão. Não houve votação. Haverá, mas não ainda".
De todos os modos, graças ao Papa Francisco, no Sínodo, houve "uma de expressão muito viva, mais do que em outros Sínodos". E, para promover algumas mudanças, o papa "quer uma maioria do episcopado com ele", porque "não pode agir contra a maioria do episcopado".
No Sínodo, de modo mais geral, o "problema" é que "há problemas diferentes em continentes diferentes e diferentes culturas", e, por exemplo, "a África é completamente diferente do Ocidente" e também "os países asiáticos e muçulmanos são muito diferentes, especialmente sobre os gays", porque, para eles, "é um tabu".
Por isso, é preciso deixar "espaço" para as Conferências Episcopais locais resolverem os seus próprios problemas, e assim os ocidentais não devem interferir nos problemas africanos, mas os africanos também "não deveriam nos dizer muito o que devemos fazer".
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''A maioria no Sínodo defende as aberturas'', afirma Kasper - Instituto Humanitas Unisinos - IHU