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O lento veneno das desigualdades

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Por: André | 07 Mai 2014

O capitalismo está condenado? A denúncia da acumulação do capital e da riqueza por uma minoria, por uma oligarquia, retorna com força tanto na Europa como nos Estados Unidos. A história se repete.

 
Fonte: http://bit.ly/1eHK62q  

A reportagem é de Eric Leser e publicada no sítio francês Slate, 11-04-2014. A tradução é de André Langer.

François Holande venceu a eleição presidencial de 2012 denunciando Nicolas Sarkozy como o “presidente dos ricos”, prometendo taxar em 75% as rendas acima de um milhão de euros e proclamando que as finanças eram seu “verdadeiro adversário”. Barack Obama, nos Estados Unidos, fez da luta contra a desigualdade e da defesa da classe média argumentos decisivos da sua campanha em 2008 e, depois, na de 2012. O seu discurso sobre o Estado da União, de janeiro 2013, logo após a sua reeleição, versava principalmente sobre a redução das desigualdades.

Mas tanto um como o outro presidente não conseguiu transformar os slogans em políticas eficazes. Apesar da crise financeira, as desigualdades de renda continuaram a aumentar rapidamente nos Estados Unidos. O 1% dos americanos mais ricos viu sua renda aumentar em 31% entre 2009 e 2012, enquanto a dos 99% permaneceu estagnada.

Na França, o governo não reduzir as desigualdades aumentando a carga tributária: o 1% mais rico praticamente não foi afetado. Em contrapartida, o governo socialista se afastou das classes médias e assustou os empresários e investidores. Hoje, tem todas as dificuldades do mundo para recuperar a sua confiança e agora promete baixar os impostos.

Piketty e Occupy Wall Street

A questão das desigualdades está no centro dos debates políticos e econômicos na Europa, nos Estados Unidos e até mesmo nas economias emergentes. Uma perfeita ilustração disso encontramos na entusiasta acolhida dada nos Estados Unidos à tradução inglesa do compêndio do economista francês Thomas Piketty (O Capital no Século XXI).

O movimento Occupy Wall Street, que em 2011 denunciou a tomada do poder nos Estados Unidos por uma oligarquia, marcou os espíritos com o slogan “We are the 99%” (“Nós somos os 99%”). Até o liberal semanário inglês The Economist considera o trabalho de Thomas Piketty tão importante que ele comenta cada semana um capítulo!

É preciso dizer que os números são particularmente preocupantes. A fortuna dos milionários do ranking da revista Forbes aumentou dez vezes mais rapidamente, entre 1987 e 2013, que o crescimento econômico mundial.

O crescimento acelerado das desigualdades é considerado por economistas, tanto de esquerda como de direita, como uma ameaça ao capitalismo. Porque esta questão engloba tudo: a globalização, as mudanças tecnológicas e o enfraquecimento das classes médias. Podemos até associar a isso as estratégias de política monetária, favoráveis aos rentistas ou aos credores, e a crescente rejeição das elites políticas acusadas de serem subservientes ao poder econômico.

"Rich and famous"

Thomas Piketty denuncia o renascimento de um "capitalismo patrimonial". A concentração acelerada da riqueza nas mãos de poucos, uma oligarquia, ameaça a mobilidade social e a meritocracia que estão na base da democracia. Vemos reaparecer no século XXI um mundo em que o nascimento é mais importante que o talento e a capacidade de esforço.

E, ao contrário do passado, as diferenças de modo de vida não são dissimuladas, mas bem visíveis... muito visíveis! A exigência da transparência, a onipresença das mídias, especialmente das sociais, e a busca frenética de modelos entre os "rich and famous" (ricos e famosos) fazem com que as desigualdades se multipliquem. Assim, cada um pode constatar que a economia de mercado e a justiça social são de naturezas diferentes.

Um motor indispensável

Portanto e este é todo o problema, as desigualdades não são necessariamente ruins. Elas chegam a ser, inclusive, um motor indispensável para o crescimento. Sem a recompensa do enriquecimento, não há nenhuma tomada de riscos, não há inovação e nenhum incentivo ao esforço – François Hollande acaba de fazer a experiência. Podemos até acrescentar que não é porque os ricos ficam mais ricos que os pobres ficam mais pobres.

Há um mundo entre as sociedades rígidas e petrificadas do século XIX e esta sociedade globalizada e mestiçada do começo do século XXI. Na França de Balzac, os 10% mais ricos possuíam quase a totalidade das riquezas do país. Hoje, os 10% mais ricos possuem cerca de 60% do patrimônio na Europa e 70% nos Estados Unidos... de um bolo que ficou muito maior.

Até hoje, as comparações fazem pouco sentido. A publicação de O Capital no Século XXI mudou tudo, dando uma base científica para o estudo da distribuição das rendas ao longo do tempo e entre os países.

A tese de Thomas Piketty é construída a partir de uma história estatística indiscutível e única das rendas nos principais países capitalistas há mais de um século, e bem mais tempo no caso da França e da Grã-Bretanha. Sua principal conclusão é que, na maioria dos países e na maior parte do tempo, os lucros do capital – os rendimentos dos investimentos e da propriedade – se acumulam a uma taxa bem maior do que aquela do crescimento da economia em seu conjunto. Com a exceção de um grande parêntese que se estende entre 1914 e meados dos anos 1970 e ocupa a maior parte do século XX.

Credores contra devedores

As duas guerras mundiais destruíram a maioria das grandes fortunas da Europa e a Grande Depressão dos anos 1930 atingiu duramente seus pares americanos. O New Deal nos Estados Unidos e o nascimento na Europa Ocidental, após 1945, de uma classe média em decorrência de um compromisso histórico, da social-democracia e dos Trinta Gloriosos, mudaram tudo. Quanto maior era o crescimento, tanto mais facilmente, alimentado pela reconstrução, pelo progresso técnico, pelo nascimento da sociedade de consumo e pela generalização do fordismo.

Mas depois de quarenta anos, o parêntese se fechou. O capital começou a se acumular e concentrar muito mais rapidamente do que o crescimento econômico.

O ponto de partida deste retorno ao capitalismo "puro e duro", aquele do século XIX, não é a globalização, nem a tecnologia, nem a tomada do controle do sistema político pela elite econômica, mas o desaparecimento da inflação. Os lucros dos credores se sobrepuseram aos dos devedores.

A luta contra o aumento dos preços tornou-se, em meados dos anos 1970 e após os choques do petróleo, a prioridade dos governos e dos bancos centrais. Ela teve como consequência pesar sobre os baixos salários e sobre a participação do trabalho nas rendas. A progressão menor dos salários traduz-se num aumento da rentabilidade das empresas e, portanto, do valor do capital.

Ao mesmo tempo, o crescimento diminuiu, os impostos sobre as fortunas desapareceram (exceto na França), os paraísos fiscais se multiplicaram e partes inteiras da social-democracia foram abandonadas gradualmente, particularmente na Suécia, sua terra natal, no Reino Unido, na Alemanha, no Canadá, na Austrália...

"Superclasse mundial"

A globalização estendeu ao mundo inteiro o campo da economia de mercado. Logicamente, a concentração do poder econômico mudou também de tamanho... e velocidade.

A extrema direita e a extrema esquerda se comprazem em denunciar uma "superclasse mundial." Se ela realmente existe e não for uma construção puramente ideológica, vive e prospera do comércio, da inovação tecnológica, da mobilidade social, do nascimento da classe média na China, Brasil, Índia... Uma sociedade congelada e fechada não é, portanto, seu interesse.

Todas as brilhantes análises que, desde o século XIX, vaticinaram a morte do capitalismo diante dessas "contradições insuperáveis", entre elas o crescimento das desigualdades, cometeram o mesmo erro: subestimaram sua capacidade de adaptação, de mutação e de invenção, especialmente sob a pressão política e social. Com uma expectativa de vida que vai continuar a aumentar, a aproximação entre o homem e a máquina, a proliferação de robôs, o aquecimento climático... o capitalismo do século XXI ainda está para ser inventado.


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