O Presidente eleito de El Salvador pedirá ao Papa a beatificação de Romero

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Por: André | 31 Março 2014

O presidente eleito de El Salvador, o ex-comandante guerrilheiro Salvador Sánchez Cerén, anunciou na última quinta-feira que planeja viajar ao Vaticano para pedir ao Papa Francisco a beatificação do assassinado arcebispo Óscar Arnulfo Romero.

 
Fonte: http://yhoo.it/1dUT3ow  

A reportagem é da agência AFP, 28-03-2014. A tradução é de André Langer.

Na visita, prevista para o final de abril, segundo a chancelaria, Sánchez Cerén, que se declara católico, garante que quer expressar ao Sumo Pontífice seu desejo de ver nos altares Romero, que, por denunciar a injustiça social e a repressão militar, foi assassinado pela ultradireita no dia 24 de março de 1980.

“Quero reafirmar minha vontade de que o Vaticano, o mais rapidamente possível”, declare a “beatificação de mons. Romero”, declarou à televisão local Sánchez Cerén, da Frente Farabundo Martí pela Libertação Nacional (FMLN), no poder.

A beatificação de Romero, segundo o futuro governante, “é algo que todo o povo e toda a comunidade internacional estão esperando”.

Em março de 2010, Mauricio Funes, primeiro presidente de esquerda de El Salvador, acabou com o silêncio oficial sobre o assassinato do arcebispo, que durou os 20 anos dos governos de direita que terminaram em junho de 2009, e em nome do Estado salvadorenho pediu perdão pelo assassinato.

A causa para a beatificação de Romero foi aberta em 1993 e desde 1996 encontra-se no Vaticano. Após vários anos parado, em abril de 2013 foi desbloqueada pelo Papa Francisco e encontra-se agora nas mãos da Congregação para a Causa dos Santos.

Sánchez Cerén também adiantou que na sexta-feira iniciará pela Guatemala e Belize uma visita aos países centro-americanos e depois viajará aos Estados Unidos para convidar os seus presidentes ou delegados para os atos de sua investidura como presidente, em 01 de junho.

Sánchez Cerén, de 69 anos, será o primeiro ex-guerrilheiro a chegar ao poder em El Salvador e o quarto na América Latina, depois do nicaraguense Daniel Ortega, do uruguaio José Mujica e da brasileira Dilma Rousseff.