25 Fevereiro 2014
As áreas de alerta de desmatamento e degradação na Amazônia somaram 276 km² nos meses de novembro e dezembro de 2013 e janeiro de 2014, segundo os dados registrados pelo DETER, o sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) baseado em satélites e destinado a orientar a fiscalização em campo.
A reportagem foi publicada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 24-02-2014.
No primeiro mês do ano foram verificados 75 km², enquanto em dezembro houve o registro de 93 km² e em novembro de 108 km².
A distribuição das áreas de alerta em cada mês nos estados da Amazônia Legal, bem como dos percentuais de cobertura de nuvens, é apresentada na tabela a seguir.
Os resultados do DETER devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. As áreas em rosa dos mapas a seguir correspondem aos locais que estiveram encobertos no período. Nos mesmos mapas, os pontos amarelos mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER.
Mapa de alertas de novembro |
Mapa de alertas de dezembro |
Mapa de alertas de janeiro |
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER. Os relatórios mensais completos estão disponíveis na página www.obt.inpe.br/deter
Sistema de alerta
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do INPE, o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal baseado em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora sejam divulgados relatórios que reúnem dados de um ou mais meses, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama.
O DETER utiliza imagens do sensor MODIS do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à ocorrência de cobertura de nuvens.
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas com evidência de degradação decorrente de extração de madeira ou incêndios florestais, casos que fazem parte do processo de desmatamento na região.
Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta ainda um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao DETER, podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter.
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Alertas de desmatamento na Amazônia verificados pelo DETER somam 276 km² em três meses - Instituto Humanitas Unisinos - IHU