Bibliografia escrita por mulheres é pouco recorrente em trabalhos de estudantes de Teologia

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24 Outubro 2013

Ao realizar um levantamento dos trabalhos acadêmicos produzidos no contexto do bacharelado em Teologia da Faculdades EST, os pesquisadores André Musskopf e Marcia Blasi detectaram a invisibilidade de mulheres citadas nas bibliografias, o que revela que os estudantes leem pouco sobre aquilo que as mulheres escrevem.

A reportagem é publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação - ALC, 22-10-2013.

Os resultados da pesquisa foram apresentados em mesa temática do I Simpósio Regional Sul, que esteve reunido em São Leopoldo dias 17 a 19 de outubro. O encontro foi promovido pela Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR).

Segundo André, a maioria absoluta dos orientadores dos trabalhos que integram o acervo da biblioteca é homem. Ele revelou também que, primeiro, aparecem mulheres na bibliografia, depois em partes dos trabalhos, depois nos títulos e, finalmente, tem início uma produção feminista mais sistemática a partir da década de 1960.

“A Teologia Feminista, em permanente construção, não quer ser um ‘enfeite’ à Teologia, mas sim gerar uma revolução na maneira de ser Igreja”, enfatizou Marcia. A pesquisadora, que coordena ao lado de André o Programa de Gênero e Religião da EST, enfatizou que a Teologia Feminista é pensada por homens e mulheres que buscam equidade de gênero e que questionam as formas históricas de dominação.

Coordenador do evento, o reitor da Faculdades EST, professor Oneide Bobsin mencionou que, ao acolher as atividades do I Simpósio Regional Sul, a EST deu mais um passo para se inserir nas discussões sobre as religiões no Brasil. Além disso, sublinhou, o encontro ofereceu ampla visibilidade à produção teórica de qualidade desenvolvida por pesquisadores da instituição.

Também como coordenador do evento, o professor Valério Schaper explicou que, a partir de 2013, a ABHR começou a realizar encontros regionais nos anos ímpares e encontros nacionais nos anos pares. “Essa foi uma mudança estratégica a fim de captar ainda mais a diversidade religiosa e as singularidades regionais na produção dos estudos da religião”, frisou.

Professor da PUC-Minas e presidente da ABHR, doutor em Ciências da Religião, Wellington Teodoro da Silva, mencionou que a temática norteadora do encontro – “Cartografias do Sagrado: Religião, Espaço e Fronteiras” – respondeu a uma tradição do Rio Grande do Sul de estudar questões vinculadas ao lugar e ao espaço.

O encontro de São Leopoldo reuniu 11 simpósios temáticos que discutiram, entre outras questões, as interfaces entre religião e educação; a história das mulheres na história da teologia e das religiões; os lugares e territórios dos Direitos Humanos; e as fronteiras religiosas e teológicas entre pentecostalismo e neopentecostalismo.

Promovido pela ABHR, o I Simpósio Regional Sul contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).