Moradores da Rocinha, "Ocupa Cabral” e "black blocs" fazem manifestações no Rio

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Por: Cesar Sanson | 02 Agosto 2013

Moradores da favela da Rocinha que protestavam contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, 43, e manifestantes que desde a tarde de domingo acampam na esquina da rua onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB) se reuniram ontem à noite em protesto pelas ruas do Leblon, zona sul da cidade do Rio.

A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo, 02-08-2013.

Entre as várias palavras de ordem, como "cadê o Amarildo?" e "fora Cabral", ontem os manifestantes também gritavam "fora Alckmin", em referência ao governador tucano de São Paulo.

O ato dos moradores da Rocinha começou por volta das 17h. Depois de percorrer algumas ruas da favela, tendo à frente a mulher de Amarildo, Elizabeth Gomes da Silva, o grupo se dividiu.

Parte, incluída a família do pedreiro, ficou no local. Outros seguiram em direção à casa do governador.

No caminho, os manifestantes fecharam as pistas da autoestrada Lagoa-Barra e o túnel Zuzu Angel, que liga a zona sul à região da Barra da Tijuca, o que provocou um grande engarrafamento.

Os grupos se encontraram pouco depois das 20h. Um repórter do programa CQC, da Band, foi hostilizado pelos manifestantes, impedido de gravar uma reportagem e deixou o local. Os manifestantes percorreram várias ruas do Leblon, acompanhados por PMs e tendo à frente integrantes do grupo "black blocs".

Por volta das 22h30 eles passaram pela rua Dias Ferreira, que concentra bares e restaurantes, gritando palavras de ordem como "ei, burguês, a culpa é de vocês". De lá, seguiram de volta para a esquina do governador Sérgio Cabral. Chegaram lá cantando "olha eu aqui de novo". Frequentadores se assustaram. Para impedir invasões, os policiais protegiam a entrada dos estabelecimentos.

Na madrugada de ontem, os manifestantes do "Ocupa Cabral" receberam o reforço de integrantes do grupo "black bloc", que, na quarta-feira à noite, invadiram a Câmara dos Vereadores, no centro da cidade.

Na madrugada, eles fizeram um panelaço --chamado por eles de "Black Olodum", em referência ao grupo de percussão baiano-- e jogaram uma partida de futebol que interditou a avenida Delfim Moreira, um dos metros quadrados mais caros do Brasil.
De um lado estava o time "Ocupa Cabral"; do outro, "black blocs".