04 Abril 2013
"Eliseu, Fabio e José são mais três lutadores do povo que se juntam a Zé do Antero, Leonardo, Antonio do Plinio, Zé Claudio e Maria, Dorothy, Margarida, Helio, João, Josimo, Chico, Sebastião, Luiza, Jussara, Eugenio, e tantos outros e outras pela Bahia e Brasil afora que tiveram suas vidas estancadas por lutarem contra a concentração da propriedade da terra e outros recursos naturais, pela garantia dos direitos territoriais e pela Reforma Agrária, por soberania alimentar e melhores condições de vida para os povos do campo, das florestas e das águas", afirma nota dos movimentos sociais e organizações populares da Bahia contra a violência no campo em razão das mortes de Fábio dos Santos Silva - MST, José Ribeiro dos Santos, pescador artesanal e Eliseu de Jesus, fundo de pasto.
Eis a nota.
Nós, dos movimentos sociais e organizações populares abaixo subscritos, vimos manifestar a nossa solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e aos familiares de Fabio dos Santos Silva, Eliseu de Jesus e José Ribeiro dos Santos, que tiveram suas vidas retiradas brutalmente, bem como exigir dos Poderes Públicos o emprego de todos os esforços necessários para a responsabilização dos envolvidos em tais atos de barbárie.
Dia 2 de abril de 2013, Fabio dos Santos Silva, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra na Bahia, foi assassinado a tiros por pistoleiros, diante de sua esposa e filha, em uma estrada quando se dirigia à sua casa na zona rural do município de Iguaí, Bahia.
No dia 14 de fevereiro de 2013, José Ribeiro dos Santos, pescador artesanal, morreu eletrocutado ao tocar numa cerca elétrica, instalada irregularmente por um empresário em uma área de manguezal na localidade de Baixão do Guaí, município de Maragogipe, Bahia.
Além desses casos, em janeiro de 2013, Eliseu de Jesus, criador de animais à solta, foi morto e degolado também por pistoleiros na comunidade de fundo de pasto da Serra do Bode, no município de Monte Santo.
Eliseu, Fabio e José são mais três lutadores do povo que se juntam a Zé do Antero, Leonardo, Antonio do Plinio, Zé Claudio e Maria, Dorothy, Margarida, Helio, João, Josimo, Chico, Sebastião, Luiza, Jussara, Eugenio, e tantos outros e outras pela Bahia e Brasil afora que tiveram suas vidas estancadas por lutarem contra a concentração da propriedade da terra e outros recursos naturais, pela garantia dos direitos territoriais e pela Reforma Agrária, por soberania alimentar e melhores condições de vida para os povos do campo, das florestas e das águas.
Seguimos reivindicando que medidas estruturais como o investimento público maciço na Reforma Agrária, no reconhecimento dos territórios tradicionais e na agricultura familiar são essenciais para combater a violência física e estrutural que agride os camponeses e as camponesas da Bahia e do Brasil.
Jamais nos conformaremos com estas mortes e com os motivos torpes que as produziram.
Fabio, PRESENTE! José, PRESENTE! Eliseu, PRESENTE!
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP)
Movimento de Luta pela Terra (MLT)
Comissão Pastoral da Terra (CPT)
Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR)
Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP)
Consulta Popular
Levante Popular da Juventude
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Movimentos sociais da Bahia repudiam três assassinatos de trabalhadores - Instituto Humanitas Unisinos - IHU