15 Dezembro 2012
Na missa das Forças Armadas pela saúde de Hugo Chávez, Diosdado Cabello, o militar reformado que é presidente da Assembleia Nacional, foi o orador.
"Ou nos unimos ou afundamos", disse Cabello na cerimônia, na quarta-feira.
A participação foi uma mostra da influência do político nas Forças Armadas, um dos motivos da sua força no chavismo, dizem analistas.
A reportagem é de Flávia Marreiro e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 15-12-2012.
Cabello, 49, está no centro dos holofotes na Venezuela pela possibilidade de que ele, se reeleito presidente do Parlamento, assuma interinamente a Presidência caso Chávez não tome posse em 10 de janeiro.
Não seria a primeira vez que o militar, que participou da tentativa fracassada de rebelião orquestrada por Chávez em 1992, assumira a posição. Em 13 de abril de 2002, ele, então vice-presidente, foi presidente "temporário" antes que Chávez fosse reconduzido à Presidência após a tentativa de golpe contra ele naquele ano.
Além de vice, em quase 14 anos de chavismo no poder, o presidente da Assembleia acumulou diversas posições no governo, mas sofreria um revés importante, e para muitos decisivo sobre suas chances como delfín do chavismo, em 2008.
Naquele ano, ele não conseguiu se reeleger como governador de Miranda. Foi derrotado por Henrique Capriles, que dali se cacifaria para ser o nome da oposição contra Chávez no último pleito.
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Presidente da Assembleia é forte entre os militares - Instituto Humanitas Unisinos - IHU