Dois milhões e meio de muçulmanos começam sua peregrinação a Meca

Mais Lidos

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

Por: André | 27 Outubro 2012

Cerca de 2,5 milhões de muçulmanos dos cinco continentes se congregaram nesta quinta-feira, 25 de outubro, no Monte Arafat, no primeiro dia da peregrinação ritual a Meca. Os participantes pernoitarão em um gigantesco acampamento instalado em Mina, uma planície árida próxima à cidade santa.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 26-10-2012. A tradução é do Cepat.

Uma maré humana de muçulmanos começou esta quinta-feira sua peregrinação a Meca, um ritual religioso que faz parte dos cinco pilares do Islã que todo fiel muçulmano deve cumprir uma vez em sua vida.

Com a subida ao monte Arafat, onde o profeta Maomé pronunciou seu último sermão há 14 séculos, os milhões de fiéis – munidos de sombrinhas para se protegerem do intenso sol – sobem ao Monte Arafat, conhecido também como “Yabal Al Tauba” (monte do arrependimento), para expiar seus pecados em um ritual que simboliza o dia do juízo final.

O grande mufti da Arábia Saudita, o xeque Abdel Aziz al Sheij, advertiu enquanto se reunia a enorme multidão que não se devia usar nenhum “slogan nacionalista ou extremista”, e afirmou que o ritual contará com todas as medidas de segurança necessárias.

Fez um apelo aos muçulmanos para conformarem-se com a “sharia”, a lei islâmica, e criticou os partidários de que no país se forme um Estado civil.

Para o rito, mais de 17.000 policiais foram mobilizados para garantir a segurança dos peregrinos e dirigi-los para as tendas de campanha atribuídas segundo o país de origem, anunciaram as autoridades.

Do mesmo modo, uma equipe de cerca de 100 pessoas da defesa civil e mais de 20.000 integrantes das equipes médicas estão disponíveis para responder a qualquer eventualidade.

A quantidade de peregrinos vindos do exterior para o ritual diminuiu em 4% em relação ao ano passado, segundo as autoridades, que não precisaram as razões desta diminuição. O reino autoriza a cada país muçulmano a vinda de um peregrino por cada mil habitantes.

O Governo sírio não enviou peregrinos este ano, mas as autoridades sauditas deram vistos aos sírios refugiados na Jordânia e no Líbano que queiram fazer a peregrinação.

Um dos motivos pelos quais os fiéis rezaram foi a Paz no Oriente Médio, onde depois que foram derrubados os Governos da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen, os distúrbios persistem.

Ruqaya al Faituri, uma líbia de 58 anos entrevistada pela agência AFP, disse que rezava pela “segurança e estabilidade na Líbia e em todos os outros países árabes e muçulmanos”.

Enquanto isso, outros peregrinos subiam as escorregadias escadarias de pedra que conduziam ao cimo desse monte, alguns orando e outros chorando de emoção.

Segundo fontes locais, não foram registrados enfrentamentos de nenhum tipo.

Depois de subir o monte, os peregrinos começarão a se deslocar para a localidade vizinha de Muzdalifa, onde, nesta sexta-feira, terceiro e último dia da peregrinação, os fiéis recolherão seixos e os jogarão contra três colunas de pedra que simbolizam as tentações do demônio.