Chávez escolhe vice e dá a largada para sua sucessão

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11 Outubro 2012

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, escolheu ontem o atual chanceler do país, Nicolás Maduro, para ocupar a Vice-Presidência durante seu próximo mandato, entre 2013 e 2019. Chávez, há 14 anos no poder, foi reeleito no domingo, após derrotar o opositor Henrique Capriles, com cerca de 55% a 44% dos votos.

A reportagem é de Fabio Murakawa e publicada pelo jornal Valor, 11-10-2012.

Maduro é um dos auxiliares mais próximos do presidente e o acompanhou durante boa parte das sessões de tratamento contra um câncer a que Chávez foi submetido em Cuba, desde meados do ano passado. Em meio a especulações sobre se o presidente teria saúde para governar até o fim do próximo mandato, o nome do atual chanceler aparece como um dos mais fortes para ser o seu sucessor. Ao lado dele, figuram personagens importantes do chavismo, como o atual vice-presidente Elías Jaua, o atual presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e o presidente da estatal de petróleo PDVSA, Rafael Ramírez. Ádam Chávez, irmão do presidente e governador do Estado de Barinas, também aparece como opção.

Ex-metroviário, Maduro chegou a presidir o sindicato da categoria e é aliado do governo Chávez desde seu início, em 1999. Chegou a presidir a Assembleia e, desde 2006, ocupa o cargo de chanceler. No governo Chávez, é uma das figuras mais afinadas ao regime cubano, com relações próximas com os irmãos Fidel e Raúl Castro. Sua nomeação ocorreu um dia após a indicação de Elías Jaua, o atual vice, para disputar o governo do Estado de Miranda em dezembro, onde o adversário será Capriles.

Na Venezuela, diferentemente do Brasil, o vice não é eleito em uma chapa presidencial. Ele é escolhido pelo presidente, que pode inclusive trocá-lo quantas vezes quiser durante o seu mandato.

Caso o presidente tenha que deixar o cargo antes do fim do quarto ano de governo, por questões de saúde ou qualquer impedimento, o vice assume o posto, mas tem que convocar novas eleições no prazo de 30 dias. Se o presidente sair do cargo nos dois últimos anos de mandato, também assume o vice, mas o calendário eleitoral fica mantido.

Segundo Héctor Briceño, professor do Universidade Central da Venezuela, a nomeação do novo vice reforça a afirmação de Chávez de que ele pretende, no próximo mandato, aprofundar o modelo do "Socialismo do Século XXI", dada a proximidade de Maduro com Cuba. "Mas, se é certo que o presidente sofre de uma doença terminal, é claro que isso coloca Maduro na linha de sucessão", afirma.

Quanto a Jaua, Briceño diz acreditar que ele sai "enfraquecido". Analistas, porém, notam que Jaua deve disputará uma eleição contra Capriles, que tenta se consolidar junto aos venezuelanos como uma opção ao chavismo. Por isso, vencer a eleição em Miranda pode ser fundamental para o chavismo.