Por: Cesar Sanson | 08 Outubro 2012
Considerado o maior vitorioso nessas eleições municipais, com seu candidato, Geraldo Júlio, eleito em primeiro turno para prefeito do Recife, o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos insiste que não é candidato em 2014. Mas admite que o seu PSB encorpou e agora “é um partido adulto”, que não estará “a reboque do PT” e que ele próprio pretende viajar o país, neste segundo turno, para ajudar seus aliados. A entrevista foi concedida ao portal do Ig, 07-10-2012.
Eis a entrevista.
Pronto para disputar as eleições de 2014?
Nada disso. Estou pronto para continuar ajudando a presidenta Dilma Rousseff a fazer o Brasil voltar a crescer e superar os problemas impostos pela crise internacional. Ocorreram agora as eleições de 2012. Ninguém vai tratar neste momento de 2014. Está muito distante.
Mas o que se fala é que, com o desempenho do PSB nessas eleições, o senhor se credencia a disputar a Presidência.
O desempenho do PSB nessas eleições credencia o partido e entrar na fase adulta. É isto o que ocorreu agora nessas eleições. Nós crescemos. Saímos da adolescência. Somos um partido adulto.
E como fica a relação com o PT nesta fase?
Fica como sempre esteve. Uma relação de respeito, de companheirismo. O que ocorreu nestas eleições, apenas, é que mostramos que o PSB é um partido com identidade própria. Que não tem condições de estar a reboque de nenhum outro partido, mesmo que seja aliado como o PT.
E como fica em Pernambuco, depois das animosidades ocorridas na campanha do Recife?
Vamos voltar a ter a relação cordial e fraterna que sempre tivemos. O Geraldo Júlio vai procurar o PT. O partido tem muitos integrantes aqui do Diretório da capital que são próximos do Geraldo e do PSB. Vamos convidá-los a conversar. O PT já integra e continuará integrando a base do governo do Estado. Enfim, vamos em frente.
O senhor vai viajar o país no segundo turno?
Vou sim. Onde os aliados me chamarem, eu vou. Onde o PSB precisar de mim, sou um soldado do partido.
E isso não é campanha para 2014?
Nada disso. Estamos em 2012.
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"PSB não está a reboque do PT", diz Eduardo Campos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU