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04 Setembro 2012

Na sua alegria pela vida e de felicidade por aquilo que a vida lhe dera e lhe dava, Martini não temia a morte, mas queria que ela chegasse naturalmente, sem utilizar nenhum instrumento ou tecnologia que ele considerasse desproporcional.

A opinião é do médico e senador italiano Ignazio Marino (na foto, ao lado de Martini), em artigo publicado no jornal L'Unità, 02-09-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Antes de cruzar o portão do Aloisianum, a casa dos jesuítas em Gallarate, onde o cardeal Carlo Maria Martini passou os últimos anos da sua vida, nesse sábado, eu olhei para o relógio. Era a hora em que normalmente o cardeal terminava os exercícios físicos e era também o horário dos nossos encontros que depois resultaram no livro Credere e conoscere.

Eu verifiquei se o meu celular estava desligado, como eu fazia antes de iniciar a conversa com ele, para me dedicar sem distrações à escuta e ao diálogo. Infelizmente, desta vez, na minha viagem a Gallarate não haverá mais palavras e pensamentos, mas sim muitas emoções e recordações que valem a pena destacar, entretanto.

Há muita tristeza pelo falecimento de um ponto de referência, mas, como diz o padre Damiano, o secretário que com amor e inteligência o assistiu nestes anos, agora o cardeal está bem, não precisa mais de medicamentos e de fisioterapias.

O cardeal Martini se preparava há muito tempo para voltar para a casa do Pai. E o fazia com a oração, mas também discorrendo sobre a vida e a morte, temendo o sofrimento inútil, mas não fugindo de nenhum dos tratamentos oportunos. Ao contrário, os aplicava com o mesmo rigor que tinha no estudo dos textos bíblicos. Cercado por todos os seus livros, organizados por assunto nas tantas estantes do seu escritório, ele tinha sobre a sua escrivaninha mais de um relógio que marcavam as horas e lhe lembravam dos horários para tomar os remédios.

Como intelectual profundamente sensível a todos os aspectos da vida e da história humana, assim como às incertezas do conhecimento, a sua religiosidade era secular: no sentido de que era singularmente moderna e atenta a cada nuance do pensamento alheio. Como ele mesmo dizia, ele não distinguia entre crentes e não crentes, mas sim entre pensantes e não pensantes.

Por isso, ele não tinha nenhum temor de enfrentar, criticamente, os assuntos mais espinhosos da nossa modernidade, como o início da vida, a sexualidade e a possibilidade de dar à luz um bebê de proveta, os progressos da pesquisa científica, o fim da vida, a eutanásia. Ao fazer isso, às vezes, ele me provocava com perguntas específicas que exigiam documentação científica atenta, e atento e rigoroso era ele nas citações dos textos sagrados.

Às vezes, de fato, tínhamos que parar, porque eu tinha que fazer as minhas tarefas em casa, consultando alguns homens da ciência sobre um quesito específico longe da minha especialidade. As suas palavras sempre eram pacatas, mas isso não impedia de perceber a tensão subterrânea da qual emergiam, com uma força às vezes revolucionária.

O cardeal passava todos os seus dias lendo, dialogando, estudando e escrevendo. Ele fez isso com paixão e intensidade, até os seus últimos dias.

Refletir sobre um texto sagrado lhe dava uma alegria visível. Ainda recordo quando, em Jerusalém, em janeiro de 2007, ele me mostrou uma Bíblia muito antiga e me indicou que a escrita dos amanuenses era organizada graficamente em duas colunas por página, caractere após caractere, sem interrupções, explicando-me como isso era desafiador e que responsabilidade exigia traduzir aquele grego e interpretá-lo. Vinham-me à mente as palavras de Cervantes: "Toda tradução é como o outro lado de uma tapeçaria".

Porém, nessa sua alegria pela vida e de felicidade por aquilo que a vida lhe dera e lhe dava, ele não temia a morte, mas queria que ela chegasse naturalmente, sem utilizar nenhum instrumento ou tecnologia que ele considerasse desproporcional. Sinceramente, eu não acredito que ele não quisesse ser transportado em um leito de reanimação para prolongar a sua existência, quando já havia chegado o seu momento, isso não significa que ele rejeitasse qualquer meio que os médicos e enfermeiros lhe ofereciam para continuar vivendo com plenitude a sua existência terrena.

Como está escrito no último cântico do Eclesiastes, no Antigo Testamento, eu posso imaginar que o cardeal pensava que "o pó volta para a terra de onde veio, e o sopro vital retorna para Deus que o concedeu".

Com essa simplicidade, seria oportuno que nós também, nos nossos Parlamentos, abordássemos os temas da vida e da morte, cada um com o respeito pela fé e a cultura do outro, mas sem nunca impor a nossa fé ou a nossa cultura sobre o outro. Se se quiser, com religiosidade.


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