Sudão ultrapassa todos os limites de emergência

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Por: Jonas | 08 Agosto 2012

Mais de 170.000 refugiados tiveram que caminhar durante semanas para cruzar a fronteira e escapar do conflito e da insegurança alimentar nos estados sudaneses do Nilo Azul e Kordofan do Sul. Muitos chegaram aos quatro acampamentos de refugiados, de Batil, Doro, Jaman e Yida, em condições extremadamente vulneráveis e precárias. Em dois campos, as condições de vida são particularmente aterradoras e tem consequências devastadoras na saúde das pessoas.

A reportagem é publicada pelo sítio Religión Digital, 03-08-2012. A tradução é do Cepat.

Desde junho, uma média de 5 crianças morrem a cada dia no campo de Yida e no campo de Batil, e uma criança a cada três sofre desnutrição. As crianças desnutridas se veem ainda mais fragilizadas pela diarreia, malária e infecções respiratórias.

No campo de Yida, que acaba de duplicar o número de camas disponíveis, há mais de 55.000 refugiados procedentes do Estado de Unity.

De acordo com os novos dados epidemiológicos, publicados pela organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, sobre a taxa de mortalidade de junho a julho, a cada dia 4 crianças morrem com menos de cinco anos, a maioria devido à diarreia e as graves infecções. A taxa de mortalidade em adultos é de 2 mortes por dia em cada 10.000 pessoas.

No campo de Batil, no estado do Alto Nilo, onde vivem mais de 34.000 refugiados, os resultados preliminares de uma nova investigação epidemiológica realizada pelos Médicos Sem Fronteiras, na data de 31 de julho, apresentava uma taxa de desnutrição infantil global de 27,7% e uma taxa de desnutrição severa aguda de 10,1%, cinco vezes superior ao limite de emergência.

A situação é pior para as crianças menores de dois anos de idade: 18% sofrem de desnutrição aguda severa. O estudo também mostra uma taxa de mortalidade, para cada 10.000 pessoas, de 2,1 mortes ao dia para crianças menores de cinco anos, durante um período de 4 meses. Além disso, a situação se vê agravada pela temporada de chuvas, que deixa intransitáveis as vias de acesso.