Estudo revela que um chinês emitiu tanto CO2 quanto um europeu em 2011

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19 Julho 2012

Em 2011, a emissão média de dióxido de carbono (CO2) por habitante foi “similar” na China e na Europa. Essa é a principal conclusão de um estudo publicado na quarta-feira (18) pela Agência Holandesa de Avaliação Ambiental (PBL).

A informação é publicada pelo jornal Le Monde e reproduzida pelo Portal Uol, 19-07-2012.

Mais especificamente, “a emissão média de CO2 por habitante na China aumentou 9%, atingindo 7,2 toneladas de CO2 em 2011”, explica a PBL em um comunicado, ressaltando que esse número era “similar às emissões por habitante na Europa, de 7,5 toneladas em 2011”.

Contudo, os habitantes dos Estados Unidos continuam sendo os maiores poluidores do planeta, segundo o relatório que explica que um americano emitiu em média 17,3 toneladas em 2011. Mas a emissão total de CO2 nesse país diminuiu, bem como nos países da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos (OCDE): na Europa, as emissões caíram 3%, e nos Estados Unidos e no Japão, 2%.

Nível recorde

Essa queda se deve sobretudo às “más condições econômicas em muitos países, a um inverno ameno em diversos países e a preços elevados do petróleo”, analisa o relatório da PBL. Ao mesmo tempo, as emissões de CO2 na China aumentaram “rapidamente”, “por causa do ritmo do crescimento econômico e, sobretudo, do alto nível de atividade industrial”.

Esse aumento anulou os efeitos das reduções de emissões nos países da OCDE, pois em nível mundial as emissões de CO2 aumentaram 3% em 2011, atingindo “o nível recorde de 34 bilhões de toneladas”, ressalta o relatório. Assim, em total de toneladas emitidas, em 2011 a China consolidou sua posição de maior poluidora, uma vez que 29% do total do CO2 emitido no mundo foi nesse país.

Desde o ano 2000, cerca de 420 bilhões de toneladas de CO2 foram emitidos em decorrência de atividades humanas. “A literatura científica sugere que, para limitar a elevação da temperatura em 2% (...), é preciso que a emissão total no período de 2000-2050 não ultrapasse o 1 a 1,5 trilhão de toneladas”, garante a PBL. “Se o aumento de emissões continuar, as emissões acumuladas ultrapassarão esse total daqui a duas décadas”, avisa o relatório.