Telesur reage a acusação contra Maduro

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Por: Cesar Sanson | 05 Julho 2012

A rede de TV multiestatal Telesur contestou ontem a acusação do Ministério da Defesa do Paraguai de que o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, teria se reunido com a cúpula militar paraguaia para evitar a destituição do presidente Fernando Lugo. O canal, cujo capital majoritário é venezuelano, divulgou um novo vídeo do encontro, no qual representantes de outros países da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) estão presentes.

A reportagem é do jornal O Estado de S.Paulo, 05-07-2012.

Na gravação, que a Telesur diz ser a versão original do vídeo, está presente, além dos chanceleres, o secretário-geral da entidade, o também venezuelano Ali Rodríguez. Maduro negou a acusação de que teria incitado os militares paraguaios a se rebelarem contra o presidente Federico Franco, que assumiu o cargo após o impeachment de Lugo. "Essas denúncias são típicas de um governo ilegítimo, como o que resultou desse golpe de Estado", disse Maduro à Telesur. "Acabaram de dar um golpe e acusam os outros de golpes e contragolpes. "Essa acusação não é crível."

O chanceler do Equador, Ricardo Patiño, também acusado de incitar a sublevação militar, fez coro às negativas de Maduro. "O vídeo é resultado de ignorância ou má-fé", afirmou. As primeiras imagens do encontro entre o chanceler venezuelano e os militares foram divulgadas pela nova ministra da Defesa paraguaia, María Liz García, a pedido de Franco. Elas foram gravadas no dia 22, quando uma missão de chanceleres da Unasul tentava convencer parlamentares a não votar o impeachment em menos de 36 horas.

O vídeo do governo paraguaio mostra Maduro entrando em uma sala com os chefes das Forças Armadas e da polícia do Paraguai, além do embaixador do Equador em Assunção, Julio Prado, e assessores de Lugo. O comandante da Força Aérea do Paraguai, Miguel Christ Jacobs, que esteve no encontro, confirmou que o venezuelano pediu apoio dos militares a Lugo. O objetivo de Maduro seria convencer os militares a emitir um comunicado dizendo que, se o Senado derrubasse o presidente, eles continuariam leais a Lugo.