Franco usa brasiguaios para pressionar Brasília

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26 Junho 2012

Uma comissão de agricultores brasileiros que vive no Paraguai saiu ontem de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, rumo a Assunção para um encontro com o presidente Federico Franco. Segundo a advogada Marilene Sguarizi, que representa a comunidade brasileira no país vizinho, eles serão recebidos às 10h da manhã de hoje para manifestar apoio ao novo líder, que assumiu após o impeachment de Fernando Lugo.

"Vamos levar um manifesto de apoio ao presidente Federico Franco, que ficou muito lisonjeado com a posição da comunidade brasileira", disse Sguarize.

A reportagem é de Fabio Murakawa e publicada pelo jornal Valor, 26-06-2012.

Segundo ela, após a reunião com Franco, o grupo tem encontro com representantes do Senado do Paraguai. À noite, uma delegação composta por brasiguaios e senadores paraguaios deve embarcar para Brasília. Na capital federal, segundo Sguarizi, a comitiva pretende visitar o Congresso e a Casa Civil para explicitar o apoio dos agricultores brasileiros ao novo governo.

O posicionamento do Brasil diante da crise política no Paraguai desagrada os brasiguaios. Com uma comunidade estimada em 300 mil pessoas, eles são responsáveis por cerca de 70% da safra de soja no país vizinho, quarto maior produtor do grão.

Na visão dos brasiguaios, o governo de Lugo trouxe a eles instabilidade jurídica e uma onda de invasões de suas terras, devido à proximidade do ex-presidente com movimentos de camponeses e suas promessas de campanha de realizar com a reforma agrária no país. Muitos deles vêm tendo seus títulos de propriedade contestados nos últimos anos. A troca de comando no Paraguai lhes trouxe "esperança", segundo agricultores ouvidos pelo Valor.

Ao encontrar-se com esses agricultores, que afirmam lhe prestar um apoio "incondicional", Franco tenta coloca pressão sobre Brasília, que vem defendendo sanções políticas contra o novo governo por considerar que Lugo não teve seu direito de defesa atendido de forma satisfatória. O julgamento político do ex-presidente, concluído na última sexta-feira, durou apenas 30 horas.