18 Junho 2012
O último bispo católico australiano abertamente progressista, Pat Power, da Diocese de Canberra, a capital federal da Austrália, renunciou, citando a incapacidade do Vaticano de ouvir e as duas crises, dos abusos sexuais do clero e da carência de sacerdotes, assim como os problemas mais alarmantes que a Igreja tem pela frente. Dom Power, 70 anos e há 25 anos na liderança diocese, deveria se aposentar apenas daqui a cinco anos, mas sairá no dia 30 de junho.
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 13-06-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Depois que o bispo de Toowoomba, em Queensland, Bill Morris, foi desautorizado pelo papa no ano passado pelas suas posições em favor do sacerdócio feminino e pelas críticas pelos abusos do clero, Power era o único bispo no país a desafiar publicamente o Vaticano.
Ele definira os abusos sexuais como "uma terrível mancha na Igreja" e defendeu que o costume do Vaticano ao sigilo criou as condições para que pudessem prosperar os abusos sexuais e muitas outras formas de abuso.
Dom Power havia se tornado conhecido como um dos líderes católicos mais progressistas, questionando o celibato dos padres e a exclusão das mulheres do sacerdócio. "Acredito que são necessárias na Igreja amplas reformas, e a minha grande tristeza é o fato de que o Concílio Vaticano II nos mostrou o caminho para nos prepararmos para levar a mensagem de Cristo ao mundo moderno", disse ele ao anunciar sua renúncia no último dia 13.
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Austrália: bispo renuncia e ataca o Vaticano - Instituto Humanitas Unisinos - IHU