Igreja incentiva católicos a não votarem em corruptos

Mais Lidos

  • “Não podemos fazer nada”: IA permite colar em provas universitárias com uma facilidade sem precedente

    LER MAIS
  • São José de Nazaré, sua disponibilidade nos inspira! Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Promoção da plena credibilidade do anúncio do evangelho depende da santidade pessoal e do engajamento moral, afirma religiosa togolesa

    Conversão, santidade e vivência dos conselhos evangélicos são antídotos para enfrentar o flagelo dos abusos na Igreja. Entrevista especial com Mary Lembo

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Por: Cesar Sanson | 08 Junho 2012

A Igreja quer aproveitar as eleições municipais desse ano para eliminar do pleito "os candidatos cujas vidas pregressas de acordo com a lei (da Ficha Limpa) contaminam o cenário político e ameaçam a democracia". Para tanto propõe ao seu rebanho e aos eleitores em geral que não venda seu voto e nem o anule, pois quem anula o voto "omite-se e renuncia à possibilidade de participar do processo político". Os conceitos estão no documento "Orientação sobre a participação dos católicos nas eleições" distribuído, pela Arquidiocese através do arcebispo-primaz do Brasil e de Salvador, dom Murilo Krieger.

A reportagem é da Agência Globo, 06-06-2012.

Um dos principais alertas da Igreja é para que o eleitor "avalie, com cuidado, as campanhas dos candidatos, a quantidade de dinheiro gasto e as promessas feitas. Verifique se eles terão condições de cumprir o que estiverem prometendo". Pede uma "atenção especial" à "propaganda enganosa, à oferta de dinheiro ou favores que visem enganar o eleitor".

Preparado pelo Conselho Presbiteral da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, com base na mensagem da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) "Eleições municipais de 2012" as orientações terão ampla divulgação, conforme explicou dom Murilo.

“A ideia é que os padres incentivem a leitura e a reflexão nos vários grupos. Enfim, queremos que todos tomem consciência, pois estamos preocupados com o seguinte: diante do que aparece na mídia sobre os políticos há o perigo das pessoas descrerem da política, acharem que é uma coisa ruim, quando ela é a arma do cidadão para se defender da corrupção. Se há corrupção é porque a escolha dos candidatos foi errada de quem os elegeu”, declarou, assinalando que além da tomada de consciência em relação ao voto, os brasileiros precisam acompanhar os mandatos de quem elege.

“As pessoas devem acompanhar, se manifestar, elogiando quando uma coisa é bem feita ou reclamar das coisas erradas, através de e-mails e os vários meios de comunicação”. O arcebispo deu "graças a Deus" ao aparecimento da Lei da Ficha Limpa, e "uma lástima" aos ataques que a legislação sofre, e acredita haver a necessidade de se criar uma "cultura política do povo de cobrar dos seus representantes. E se o político representa bem merece ser reeleito, senão é melhor que não receba mais voto".