O governo da Bolívia, a Central Operária Boliviana (COB) e os trabalhadores da saúde chegaram a um acordo nesta terça-feira para suspender o decreto que fixa em oito horas a jornada diária de trabalho e normalizar a atividade até que uma reunião da área da saúde decida toda a política do setor. Entretanto, médicos e estudantes rechaçaram o acordo e mantêm a greve por tempo indeterminado.

A reportagem está publicada no jornal argentino Página/12, 16-05-2012. A tradução é do Cepat.

A Cúpula da Saúde discutirá a carga horária diária de médicos e servidores da saúde no marco das discussões sobre o modelo de saúde pública a ser implantada na Bolívia, segundo anunciou nesta terça-feira o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana.

“O tema das oito, das seis, das 10 horas de trabalho requerido pelo sistema de saúde será discutido no marco da cúpula”, disse Quintana numa coletiva de imprensa. Nesse encontro, que deverá acontecer em julho próximo, também serão debatidos temas vinculados à infraestrutura, serviços na área rural e convivência entre um sistema de saúde pública com os usos e conhecimentos dos povos indígenas.

A reunião, que tem o objetivo de discutir outro sistema de saúde pública, faz parte dos acordos obtidos entre o governo, a COB e a Confederação de Trabalhadores da Saúde.