Um movimento cheio de futuro: Tarso Genro considera chave o sistema de assembleias como o do Sol em Madri

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08 Junho 2011

O advogado brasileiro Tarso Genro, 64 anos, tinha um conhecimento superficial do movimento 15-M da Porta do Sol, em Madri. No entanto, na terça-feira, quando se reuniu com um reduzido grupo de políticos, juristas e jornalistas na capital espanhola, quase todo mundo lhe perguntou sobre "os indignados" da Espanha. A razão é que o atual governador do estado do Rio Grande do Sul foi prefeito de Porto Alegre durante dois mandatos, 1993-1997 e 2001-2002.

A reportagem é de Francisco Peregil e publicada pelo jornal El País, 08-06-2011. A tradução é do Portal Uol.

Foi nessa cidade meridional que se gestou um movimento de assembleias que se transformaria em estandarte do Fórum Social Mundial. O Partido dos Trabalhadores (PT) implantou os orçamentos participativos nessa cidade, que se transformou desde 1989 em um símbolo, até que em 2005 o PT perdeu a prefeitura. O sistema de assembleias perdeu força, mas não desapareceu.

Na terça-feira em Madri, Genro soube que uma das principais críticas que receberam os integrantes do 15-M é que as decisões são tomadas em votações de assembleias, que várias redes de televisão taxaram de facilmente manipuláveis. Isso também ocorreu em Porto Alegre? "Também. A manipulação é um elemento inerente à política. Por acaso não se manipula em um Parlamento? Pois nas assembleias ocorre o mesmo. Mas no Parlamento ainda é mais opaca essa manipulação. E tenta-se reduzir ao máximo a opacidade."

Genro confia no movimento de assembleias. Mas adverte sobre seus limites: "A democracia direta é um elemento do processo de participação, mas não o único, não é um elemento absoluto".

Desde o primeiro momento o ex-prefeito quis deixar clara a diferença essencial que existe entre Espanha e Brasil: "Pelo pouco que sei do movimento do Sol, entendo que eles não são antissistema. Há uma parte da juventude na Espanha que se sente excluída e em declínio social. Mas no Brasil ocorre exatamente o contrário. Nos últimos anos conseguimos que 40 milhões de pessoas façam parte da classe média".