Extrativista queria deixar assentamento

Mais Lidos

  • Folia de Reis: Memória viva que caminha. Auto de Natal de Célio Turino

    LER MAIS
  • Decretos de Natal. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS
  • Human Nature: um auto de Natal para a Babilônia de ferro e isopor. Por Thiago Gama

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

25 Mai 2011

O extrativista José Cláudio Ribeiro da Silva, 54, assassinado anteontem em Nova Ipixuna, no Pará, é definido por conhecidos como o principal líder do assentamento Água Extrativista Praialta Piranheira, ao lado da mulher, Maria do Espírito Santo.

A reportagem é de Felipe Luchete e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 26-05-2011.

Eles presidiram a associação local, reuniam-se com órgãos como Ibama e Incra e faziam denúncias de irregularidades cometidas por madereiros na área.

A atuação, pontual, tornou-se mais conhecida depois que o jornalista Felipe Milanez conheceu José Cláudio e o convidou à segunda edição do TEDx, em novembro do ano passado, evento que reuniu defensores do meio ambiente em Manaus.

Segundo Milanez, Silva dizia que queria ser enterrado embaixo de "Majestade", como chamava uma enorme castanheira da propriedade em que vivia.

O vídeo da palestra ministrada por José Cláudio tornou-se mais conhecido na internet depois dos assassinatos. "Eu posso estar aqui conversando com vocês e daqui há um mês vocês podem saber a notícia de que desapareci", disse ele na época.

Maria do Espírito Santo liderava um grupo de mulheres que produzia artigos com recursos naturais, como cremes, xampu e sabonetes. Em março, ela havia apresentado o trabalho de conclusão de curso em pedagogia, conforme Cristina Silva, coordenadora do Conselho Nacional das Populações Extrativistas.

De acordo com a sobrinha do casal, Clara Santos, José Cláudio já falava em deixar o local. Ele achava difícil continuar o trabalho extrativista no assentamento e tinha receio das ameaças que sofria.