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"O grande desafio não é o ateísmo, mas sim a indiferença"

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27 Março 2011

"Queremos dizer à sociedade contemporânea que a fé e a teologia estão entre os grandes vetores de conhecimento e de cultura, que cada uma têm um estatuto e uma dignidade próprios. Esse diálogo deve ocorrer no mais alto nível, sem relegar os crentes em Deus ao paleolítico!"

A opinião é do cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura do Vaticano, em entrevista a Frédéric Mounier, publicada no jornal La Croix, 25-03-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Por que é necessário para a Igreja dialogar com aqueles que não acreditam?

A Igreja não se vê mais como uma ilha separada do mundo. Ela está no mundo. O diálogo, portanto, é para ela uma questão de princípio. Porque, nas nossas sociedades orgulhosas por serem secularizadas, constata-se, porém, que surgem perguntas fundamentais. Testemunho disso é o interesse pelo sagrado, a New Age ou também pelo sobrenatural e pela magia... Para responder a essa urgência, os grandes modelos culturais e religiosos se apresentam com legitimidade.

Além disso, queremos dizer à sociedade contemporânea que a fé e a teologia estão entre os grandes vetores de conhecimento e de cultura, que cada uma têm um estatuto e uma dignidade próprios. Esse diálogo deve ocorrer no mais alto nível, sem relegar os crentes em Deus ao paleolítico! Por fim, somos conscientes do fato de que o grande desafio não é o ateísmo, mas sim a indiferença, que é muito mais perigosa. Certamente, existe o ateísmo irônico de Michel Onfray, mas a indiferença pode ser representada por esta piada: "Se Deus saísse hoje pelas ruas, iriam lhe pedir seus documentos!".

Mas o Átrio dos Gentios não é um lugar de evangelização?

Certamente não. Somos como Paulo diante do Areópago de Atenas. Dizemos aquilo que acreditamos diante daqueles que não acreditam e que nos escutam. Embora sejamos conscientes do fato de que todas as grandes propostas culturais e religiosas não são só informativas, mas também "performativas": abrem a uma ação. Basta ler Dostoiévski, Pascal, Dante, Nietzsche...

Concretamente, o que a Igreja quer dizer aos não crentes?

Retomaria a distinção proposta pelo teólogo protestante alemão Dietrich Bonhoeffer entre as "realidades penúltimas" e as "realidades últimas". O cristianismo, por natureza, é uma religião encarnada, cuja mensagem é fundamentada em uma realidade histórica. Por essa encarnação, ele pôde agir na sociedade, trate-se do diálogo com os políticos ou da ação pela justiça e a solidariedade. Mas nós não constituímos só uma ONG. O nosso dever é o de um discurso sobre as "realidades últimas". Com isso, não entendo só Deus, a Palavra, a transcendência, mas também – e este é o programa do Átrio dos Gentios – os grandes problemas existenciais: a vida, o amor, a morte...

Nesses planos, a Igreja afirmar ter a Verdade. Uma afirmação pouco aceitável nestes tempos marcados pela indiferença.

É um grande problema. Para os cristãos, de fato, a Verdade nos precede na pessoa de Cristo, enquanto, aos olhos da cultura contemporânea, cada um de nós a constrói. Dessa diferença derivam concepções diversas do bem e do mal, da liberdade, da justiça. Sabemos bem que, hoje, dado que toda verdade varia de acordo com o contexto, cada um pode elaborar sua própria verdade. No limite, uma ação criminosa pode se dizer conforme a uma verdade. Um autor pôde dizer: "A Verdade não vos libertará". Ao contrário, Robert Musil afirmava: "A verdade não é uma pedra preciosa que se leva no bolso, mas sim um mar em que se imerge para nadar". Nós pensamos que é urgente evocar a Verdade. Podemos nos contentar, talvez, com uma sociedade formada só por comportamentos individuais adaptados, na ausência de normas comuns reconhecidas? Para um cristão, a liberdade é orientada, ordenada a um objetivo, não só no sentido do "laissez-faire" contemporâneo, que se limite à liberdade do próximo.

Trata-se de unificar fé e razão?

De um lado, constamos um excesso de racionalismo, mas também vemos surgir manifestações de irracionalidade, de sentimentalismo. Nesse contexto, é preciso sempre retomar a necessária autonomia da fé e da razão. É preciso também lembrar que, sendo o homem uno, fé e razão dentro dele devem dialogar.

Sobre esses temas, já não está tudo definido?

Certamente, somos uma minoria. Mas a nossa visão pode ser considerada provocadora, como um pó de comichão ou uma pedra no sapato. Dado que a multidão vai em uma certa direção, nós talvez também devemos segui-la?

Até se constitui em uma contracultura?

De fato, o crente é sinal de contradição. A cultura contemporânea, moldada pela comunicação de massa, visa à homogeneização do pensamento. Qualquer pessoa que seja uma exceção é considerado extravagante. Cabe a nós, junto com outros, realizar um trabalho essencial e difícil: buscar o verdadeiro, o bem, reconhecer o falso, o mal...

Sobre essas bases, quais frutos são esperados desses encontros parisienses do Átrio dos Gentios?

Queremos jogar uma pedra no lago, estimular a reflexão e o diálogo, e depois observar aquilo que acontece. Durante a nossa primeira sessão, na universidade de Bolonha, ficamos surpresos. De cada quatro relatores que intervieram (um cientista, um jurista, um filósofo, um escritor), dois eram crentes em Deus, e dois, não. Participaram 2.000 pessoas, discutiram ouviram leituras de Nietzsche, Pascal, Santo Agostinho. Tudo no máximo silêncio, com grande respeito recíproco e uma atenção elevada. Depois de Paris, iremos para Estocolmo, sob a égide do luteranismo de Estado. Depois a Tirana e a Praga, importantes centros do ateísmo de Estado.

 


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