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A reabertura do caso Angelelli, bispo assassinado pela ditadura militar argentina. Entrevista especial com Washington Uranga

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03 Agosto 2008

Enrique Angelelli era bispo da província de La Rioja, na Argentina, quando foi morto no dia 4 de agosto de 1976, pelo regime militar daquele país. Há dois anos, ao completar os 30 anos da morte do bispo, cuja vida e ação ficaram fortemente arraigadas na vida da igreja e da sociedade argentina, o governo de Néstor Kirchner reabriu o caso,  investigando se realmente foi simplesmente um acidente automobilístico que matou o bispo.

Angelelli morreu golpeado pelas pedras depois que sua camioneta tombou. O acidente foi provocado e ele, acidentado, mas com vida, ficou sobre o asfalto. A polícia bloqueou a zona e recolheu o veículo. Poucas horas depois uma pasta com a documentação que Angelelli havia reunido para provar o assassinato de dois padres (Longueville e Murias) estava na mesa do ministro de Interior da ditadura, general Albano Harguindeguy.

Washington Uranga, jornalista, docente e pesquisador na área da Comunicação, diretor de pós-graduação da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires e que exerce a docência tanto na graduação como na pós-graduação em comunicação nas Universidades de Buenos Aires, La Plata, Catamarca, Cuyo, Patagonia Austral e Comahue (Argentina) e Andina Simón Bolívar (Bolivia), concedeu uma entrevista, por telefone, de Buenos Aires, à IHU On-Line. Uranga é colunista do jornal Página/12 e assessor do Ministro de Desenvolvimento Social.

Uranga teve alguns contatos com o dom Angelelli na sua juventude e acompanha, como jornalista, a memória que ficou viva na sociedade argentina por mais de trinta anos. Na entrevista, o jornalista fala sobre a reabertura da investigação (acidente automobilístico  ou assassinato) e  sobre as repercussões do fato no vizinho país.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Em que contexto se deu a reabertura do caso Angelelli e como repercutiu na Igreja?

Washington Uranga - O caso foi reaberto no ano pasado, no marco da política de direitos Humanos do governo do presidente Kirchner que reatualiza todo o debate sobre direitos humanos na Argentina. Na verdade não conseguiu-se avançar o que a vontade política quereria que avançasse. A reação da Igreja consiste em manter o caso no interior do âmbito eclesial. Ou seja, há um resgate da figura de Angelelli e uma iniciativa que promove o processo da sua canonização. Há inclusive uma comissão da Conferência Episcopal que estuda o caso e reúne elementos para esse encaminhamento.

IHU On-Line - Houve um reconhecimento oficial da hierarquia da igreja argentina de que foi um assassinato e não um acidente?

Washington Uranga - Nunca houve uma declaração formal, mas esse mesmo fato de ter uma comissão reunindo antecedentes para encaminhar a canonização aponta a esse reconhecimento. O cardeal Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires e presidente da Conferência Nacional dos Bispos da Argentina, cada vez que é consultado, dificilmente fala em martírio, mas sim em testemunho de vida, testemunha de fé, e sob a condução dele a Conferência Episcopal está encaminhando o processo. Além do formal e institucional, a figura de Angelelli está inserida na vida de grande parte da igreja argentina, esse reconhecimento se dá na vida quotidiana.

IHU On-Line - O que tornou Enrique Angelelli uma figura tão perigosa para o regime militar?

Washington Uranga - O assassinato tem a ver com um testemunho eclesial diferente no momento em a hierarquia da igreja católica aparecia na Argentina como um grande aliada da ditadura militar, em 1976. O regime militar não tolerava que alguém desse nível de institucionalidade eclesial mostrasse um outro rosto e tivesse opiniões críticas. Além disso, Angelelli já vinha mostrando uma imagem de Igreja que se caracterizava pela opção pelos pobres, criticando não somente ao governo militar mas também a todo tipo de concentração de poder.

IHU On-Line - Você o conheceu?

Washington Uranga - Sim, não tive muito contato com ele porque eu era muito jovem. Mas falei, algumas vezes, com ele. Eu trabalhava na pastoral da juventude da Igreja e ele era uma figura muito sedutora para os que tínhamos aquela idade nesse momento.

IHU On-Line - Que destacaria da pessoa de Angelelli a partir das suas próprias lembranças e das lembranças de outras pessoas?

Washington Uranga - Tinha um enorme carisma pessoal e uma enorme capacidade de escuta. Uma disposição para a escuta que a mim me parece própria de um pastor. Enorme capacidade de acompanhamento. Ele estava do lado dos que queriam transitar caminhos de radicalidade evangélica e os acompanhava com grande capacidade de entrega. Seu assassinato ocorreu porque foi ao encontro de padres que tinham sido assassinados.

IHU On-Line - O que ele significa hoje para a igreja argentina?

Washington Uranga - Está inserido na vida da Igreja argentina. Fora os setores extremamente conservadores é muito difícil alguém negar a importância da figura de Angelelli. É muito reconhecido, também entre a hierarquia. Na Argentina existem capelas com nome de Angelelli, rádios Angelelli, comundades de base Angelelli, e isto mostra que há um reconhecimento social, institucional e pastoral.

IHU On-Line - O fato da reabertura do caso por parte do governo contribuiu na melhoria das relações institucionais da Igreja com o governo, tão tensas no governo anterior?

Washington Uranga - Não, não acho que haja uma referência comum. Ambos podem fazer referências ao bispo mas nunca num espaço comum. Sobre as relações, assim que a presidenta assumiu, ela fez uma convocatória e iniciou um diálogo institucional com a comissão executiva da Conferencia Episcopal, mas depois disso houve outros gestos e situações que deixaram as relações no mesmo ponto que podiam estar um ano atrás com Néstor Kirchner.  A relação institucional da Igreja com o governo é muito formal, os bispos costumam chamá-la de “normal”, mas não é muito próxima. Há outras instâncias de colaboração, sobretudo no trabalho social da Cáritas argentina que é uma instituição muito importante no país, tem diversos níveis de trabalho com o governo. Mas, institucionalmente falando, as relações são tão frias quanto antes.

IHU On-Line - O que se pode esperar da reabertura do caso?

Washington Uranga - Como em todos os casos em que se está discutindo crimes e violações dos direitos humanos, se espera determinar exatamente quem são os culpados e que eles sejam punidos. Algumas pessoas já depuseram na justiça, mas há muita gente fora do país e não é um caso fácil de provar porque os próprios autores tiveram todas as oportunidades para apagar todas as provas.


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