25 Mai 2020
“Mais do que as ofensas e os palavrões presentes na reunião de 22 de abril, escancaradas pelos vídeos divulgados anteontem, uma ausência impressionou mais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pela Coluna: a de soluções para a pandemia. Na ocasião, o Brasil já tinha quase três mil mortos. Apesar de ainda não terem visto nos vídeos uma “bala de prata” para o inquérito sobre suposta interferência na PF, o conteúdo e a forma da conversa do alto escalão do Executivo revelam, para esses ministros, espécie de “desgoverno” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
"A respeito da declaração de Abraham Weintraub, os ministros se dividem. Uns avaliam que dispensá-lo seria um gesto importante (já fizeram até a mensagem chegar ao Planalto). Outro avalia ser o caso de o presidente da Corte, Dias Toffoli, pedir abertura de inquérito à PGR. Fala solta. Weintraub disse na reunião: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”. À Coluna, Marco Aurélio Mello afirmou que ele “extravasou limites” e “imaginou que estivesse num bar” – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
"Assessores palacianos avaliaram que as declarações de Ricardo Salles caíram mal. Além de ele não ter o apoio da militância bolsonarista, como Weintraub, há temor de que reacenda a pressão internacional sobre o governo" – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
"O que disse o ministro do Meio Ambiente sobre “passar a boiada” também colocou a sociedade civil mais atenta ao Congresso. O projeto de regularização fundiária, por exemplo, tem poucas chances de ser votado na Câmara" – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
"Outrora censurado por religiosos, o uso de palavrões por Bolsonaro na reunião foi minimizado por representantes da bancada evangélica na Câmara" – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
"Para esses deputados, o presidente saiu fortalecido. Bolsonaro teria feito uma defesa enfática dos valores da “família”, o que fez com que relevassem o palavreado" – Coluna do Estadão – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
“O Ministro da Educação deveria ele mesmo renunciar diante do ódio que sente dos povos que compõem a diversidade da nossa sociedade, como os povos indígenas, originários deste Brasil” - Joenia Wapichana, deputada federal (Rede-RR) – O Estado de S. Paulo, 24-05-2020.
“Além de mostrar a tentativa de interferência indevida na Polícia Federal para proteger amigos e família, a reunião ministerial revelou ação semelhante de Jair Bolsonaro no Iphan, responsável por zelar pelo patrimônio público. A ex-presidente do instituto Kátia Bogéa diz ter sido demitida após reclamações de Luciano Hang e Flávio Bolsonaro. Ela afirma que é mentiroso o discurso do presidente, de ter pessoas técnicas para cargos, e que ele quer no órgão alguém que aceite passar por cima da lei” – Painel – Folha de S. Paulo, 24-05-2020.
"Kátia diz que sua demissão ocorreu após uma obra do empresário da Havan parar no Sul do país. Bolsonaro culpou o órgão, o que a ex-presidente rebate" – Painel – Folha de S. Paulo, 24-05-2020.
Ela afirma que a paralisação ocorreu porque a empresa contratada por Hang reportou ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) um achado arqueológico. "Ele criou esse escarcéu porque nem a mais simples das obrigações eles querem fazer. Estávamos ali para cumprir a Constituição. O que queriam é que não observássemos a lei” – Painel – Folha de S. Paulo, 24-05-2020.
“É a mesma coisa do Geddel [Vieira Lima], é a mesma coisa”, diz. O ex-ministro de Michel Temer tentou passar por cima do órgão para erguer um edifício em área tombada em Salvador, foi demitido e, pela pressão exercida na época, condenado por improbidade administrativa" – Painel – Folha de S. Paulo, 24-05-2020.
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