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21 Novembro 2019

"Na Bíblia, não apenas se fala de Deus de uma maneira que é inconveniente para nós, mas também se fala com Deus de uma maneira que é inconveniente para nós. Talvez chegar à veemência de Jó seja essencial para levar Deus (e a nós mesmos) a sério e não apenas falar superficialmente sobre ele (e sobre nós), como costumamos fazer".

A reflexão é de Daniele Garrone, professor de Antigo Testamento na Faculdade Valdense de Teologia, em Roma, em artigo publicado por Riforma, 22-11-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

As palavras de Jó que ouvimos são aquelas que o lecionário em uso em muitas igrejas evangélicas indica para o domingo 17 de novembro, o penúltimo domingo do ano litúrgico. Mesmo sem ser muitos piedosos, gostaríamos de evitá-las.

Mesmo considerando que a retórica do antigo oriente não é mesma que a de nós, ocidentais modernos, as palavras de Jó continuam difíceis.

Jó está discutindo com um dos amigos que vieram consolá-lo pelos infortúnios que o atingiram. Jó levanta o problema do sofrimento sem ter a culpa, enquanto seus amigos tentam convencê-lo de que o sofrimento é o resultado de uma culpa.

É esse vínculo que Jó não consegue aceitar e, para contestá-lo, quer pedir conta disso a Deus. Não vamos evitar o veemente protesto de Jó, vamos ouvi-lo.

O que é a vida? Uma pobre coisa humana; uma mulher o gerou para entregá-lo por um tempo limitado, murcha como uma flor, desaparece como uma sombra e, além disso, está cheio de preocupações.

O que se pode pretender dele, de um ser humano assim? Por que Deus fica de olho nele, controlador a que não se escapa e o chama para prestar contas, juiz inflexível? As relações são desiguais ... Pretender que o homem seja diferente é como querer tirar algo puro do impuro. O próprio Deus estabeleceu a brevidade da vida humana, tornou-a um limite intransponível.

Que Deus, então, visto que as coisas são assim, o deixe em paz, lhe dê descanso, que pelo menos o deixe ser igual ao trabalhador assalariado que pode aproveitar o fim do árduo dia de trabalho.

Jó continua com uma comparação: o destino das árvores é melhor que o humano: mesmo de um tronco cortado pode nascer um novo broto.

Mas o homem não renasce.

Nesse ponto, Jó tem um tipo de sonho. E se o mundo dos mortos pudesse se tornar um abrigo? E se Deus pudesse colocar um limite em suas atenções a Jó? Talvez quisesse se lembrar dele e até sentir saudade dele, deixando de contar suas culpas e cobrisse sua transgressão da mesma forma como se pinta uma parede?  Se assim fosse ... A última estrofe desse poema de Jó, no entanto, é como um despertar ruim do sonho.

Assim como a água desgastas as pedras, Deus destrói a esperança humana: o homem só pode ser vencido e morrer, sem nem mesmo saber o que será de seus filhos.

  • Jó não fala de Deus, Jó fala com Deus. Aliás, o assalta com suas palavras. No fundo, o desafia. Falar de Deus e falar assim com Deus não são a mesma coisa. Da mesma forma que não é a mesma coisa quando falamos de alguém ou quando contamos a ele sobre as coisas de alguém que não nos agradam. Contamos elas dentro de uma relação, as contamos para ter uma resposta. Mesmo as palavras que dizem que não há mais nada a esperar são um pedido de atenção. O protesto é um chamado, a revolta é um ultimato para um Tu que não quer se reduzir a um ele.

Talvez, justamente na veemência de Jó, exista uma lição para nós, sejamos almas devotas (que assumem para si o papel de Deus, como os amigos de Jó) ou sejamos almas desencantadas (que não fazem perguntas a que não podem responder ou cujas respostas temem).

Na Bíblia, não apenas se fala de Deus de uma maneira que é inconveniente para nós, mas também se fala com Deus de uma maneira que é inconveniente para nós. Talvez chegar à veemência de Jó seja essencial para levar Deus (e a nós mesmos) a sério e não apenas falar superficialmente sobre ele (e sobre nós), como costumamos fazer.

  • Existe uma resposta para Jó? Uma resposta que Jó poderia ter ouvido e que os amigos não souberam indicar? Talvez o próprio Deus a tenha indicado em todas aquelas páginas do Antigo Testamento nas quais ele procura "os nascidos de mulher" frágeis, limitados e até propensos ao mal, mesmo quando tudo parecia ter terminado para sempre: a humanidade após o dilúvio; Israel depois do bezerro de ouro e ainda depois do exílio; o indivíduo que no salmo diz que perdeu toda a confiança em Deus e depois se sente tomado pela mão de Deus, com um aperto que nunca mais o abandonará, nem mesmo em sua morte (Sl 73, 26)? Parece que a saudade dos seres humanos, finitos e culpados, não seja apenas o sonho irrealizável de Jó. Não é uma obviedade, talvez percebamos isso apenas se tivermos a coragem de seguir Jó. O homem, nascido de mulher, vive por pouco tempo e passa por muitas dificuldades; como uma flor, brota e murcha, vai-se como a sombra e não dura muito. Tu, acima dele, fixas o olhar e o trarás à tua presença para julgamento? Quem pode extrair o puro do imundo? Ninguém.

Se seus dias estão contados, o número de seus meses depende de ti, e estabeleceu limites que ele não pode ultrapassar. Desvia dele teu olhar para que ele possa encontrar paz e cumprir, como um trabalhador assalariado, a sua jornada! [...]

Se tão-somente me escondesses na sepultura e me ocultasses até passar a tua ira! Se tão-somente me impusesses um prazo e depois te lembrasses de mim! [...] 

Chamarás, e eu te responderei; terás anelo pela criatura que as tuas mãos fizeram.

Por certo contarás então os meus passos, mas não tomarás conhecimento do meu pecado. Minhas faltas serão encerradas num saco; tu esconderás a minha iniquidade. (trad. CEI) (Jó 14)

Oração

Senhor, nosso Deus, nos acompanhe nos dias que virão, quando precisaremos da tua palavra para tomar decisões sábias, dizer coisas justas, realizar ações úteis.

Amém.

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