26 Junho 2019
"A mudança climática ameaça anular os últimos 50 anos de progresso no desenvolvimento, na saúde global e na redução da pobreza". É o alarme lançado pelo relator especial da ONU sobre pobreza extrema e os direitos humanos, Philip Alston. Ele alertou que a crise climática "poderia levar mais de 120 milhões de pessoas a mais à pobreza até 2030". "Mesmo hoje - acrescentou - muitos países estão dando passos míopes na direção errada".
A informação foi publicada por La Repubblica, 25-06-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.
"A mudança climática ameaça anular os últimos 50 anos de progresso no desenvolvimento, na saúde global e na redução da pobreza", acrescentou Alston.
O australiano Alston faz parte de um grupo de especialistas independentes das Nações Unidas. O principal alerta do relatório, baseado nas pesquisas científicas mais recentes e apresentado em Genebra, é que os pobres do mundo correm o risco de serem atingidos mais duramente pelo aumento das temperaturas e pela potencial escassez de alimentos e conflitos que poderiam acompanhar essa mudança. Prevê-se que os países em desenvolvimento sofram pelo menos 75% dos custos da mudança climática, apesar do fato de que a metade mais pobre da população mundial gere apenas 10% das emissões de CO2.
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Crise climática pode gerar 120 milhões de novos pobres em 2030, segundo previsão da ONU - Instituto Humanitas Unisinos - IHU