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Cidadania ambiental tem rosto e nome

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20 Junho 2019

Atitude é tudo, não é? Personagens anônimos nos revelam dia a dia um Brasil rico em significados de cidadania ambiental. Estas experiências vêm ao nosso encontro, quando estamos receptivos e olhamos ao nosso redor. Vivenciei um desses momentos, no último domingo, 16 de junho, durante caminhada que fazia no Parque Municipal Guaiamu, no bairro Santa Maria, em São Caetano do Sul, divisa com Santo André, em SP. Foi nesta oportunidade, que conheci o jornaleiro aposentado paulista Antonio Ávila, 75 anos, antigo morador do bairro Campestre, em Santo André. E como a bióloga Susane de Bortoli Tamar, moradora de São Caetano há 25 anos, me disse – o “eterno menino do dedo verde”. É sobre ele que eu, Sucena Shkrada Resk, falo neste artigo e também sétimo podcast do meu Blog jornalístico Cidadãos do Mundo.

O artigo é de Sucena Shkrada Resk, jornalista, especialista lato sensu em Meio Ambiente e Sociedade e em Política Internacional, pela FESPSP, e autora do Blog Cidadãos do Mundo.

Este educador ambiental na prática nos passa, de uma forma singela, uma mensagem objetiva sobre o porquê ser tão crucial se manter unidades de conservação – sejam integrais ou de uso sustentável – tanto em ambientes urbanos como florestais, pelos municípios, estados e pelo Governo Federal. Este cidadão brasileiro sem conhecer os detalhamentos das legislações ambientais conseguiu absorver um conceito na práxis em um pequeno terreno com 250 metros de extensão.

Agora, sem mais delongas, vamos conhecer esta cativante história. Enquanto eu andava na pista (pavimentada) e observava a paisagem local do parque, olhei por meio às grades que dividem o espaço Guaiamu com uma outra pista de terra ladeada por árvores frutíferas, quase espremida entre uma área na qual ficam submersos dutos de combustível cobertos por grama, sob gestão da Transpetro, e rodeada por terrenos privados. Lá estava esse senhor de porte franzino e de expressivos olhos claros, com seu boné que quase cobria o rosto para se proteger do sol, e com luvas nas mãos. Ele limpava o trecho com uma vassoura de palha, deixando as folhas secas mais ao lado para que se transformassem em adubo, como me explicou depois. O seu gesto me gerou uma indagação interna: quem seria ele, já que não vestia nenhum tipo de uniforme?

Quando dei por mim, já o estava abordando por meio da fresta. E aí travamos um diálogo e descobri uma história de cidadania ambiental que tem nome e rosto. Gravem bem: Antonio Ávila.

Antônio contou que nasceu na roça, onde viveu até os 19 anos, em Cafelândia. Vivia a rotina da agricultura familiar, ajudando seus pais. “Gosto do contato com a natureza desde esta época”, afirmou. Perguntei a ele por que estava fazendo a limpeza na pista de caminhada e me respondeu: “Quando em 2006, mudei com minha esposa para uma casa próxima daqui, vi que tinha um matagal maltratado, com a presença de lixo e ratos. E era uma área importante de natureza, com mananciais mais lá na frente. Aqui embaixo, passa um pequeno rio, sabia? Resolvi, então, fazer alguma coisa para preservar este lugar e o que mais gosto”, falou.

Então, senhor Antonio continuou: “Resolvi abrir esta pista de terra para a caminhada da comunidade e plantar mudas de várias árvores ao lado principalmente frutíferas (e me mostrou uma delas, uma bela jabuticabeira) como forma de proteção. Muitas eu mesmo providenciei e outras recebi de doação. Comecei há 13 anos esse trabalho voluntário que me deixa feliz. E praticamente todos os domingos venho aqui fazer a manutenção e conversar com as árvores”, disse com um sorriso largo. Sua ação não parou por aí. A cada pequeno trecho nesta extensão de cerca de 250 metros, deixa um saquinho para que ninguém jogue resíduos no chão. Mas nem todo mundo tem a atitude cidadã do senhor Antonio, vale ressaltar.

Além das jabuticabeiras, abacateiro, mexericas, goiabas, pitangas, pé de café, babosa... fazem parte deste cenário construído pelo ex-jornaleiro. E as aves e fauna locais agradecem! A bióloga Susane, nesta semana, me explicou que muitas espécies que antes haviam dispersado retornaram a esta região.

“Tem quero-quero, bem-te-vi, azulão, canário-da-terra, trinca-ferro e revoadas frequentes de maritacas”, disse. Neste habitat mais aconchegante, encontram alimentos nas árvores e refúgio. Susane afirma que até se “arrepia” quando lembra que o senhor Antonio “o menino do dedo verde” (como o chama carinhosamente) vinha com um carrinho de mão e plantava as primeiras mudas. Ela também se inspirou, nestes anos, plantando no trecho citronela e hibisco, entre outras espécies.

Qual é a importância desses gestos proativos? “O poder público e legislativo dos municípios de São Caetano do Sul e de Santo André poderiam assumir um papel mais atuante e se unir para conservar e ampliar este corredor verde tão importante para a biodiversidade local e para nossa qualidade de vida”, propõe a bióloga.

Ela lembra que todas estas mudanças ao longo dos anos possibilitaram o afastamento de ratos e baratas e a atração de animais silvestres, que também são polinizadores. Um dos indicadores para este reequilíbrio também é a presença de anfíbios e a temperatura mais amena.

A mobilização da comunidade ao se somar ao senhor Antonio, que se tornou um “cuidador ambiental” praticamente solitário desse espaço público, resultaria em valor agregado à qualidade de vida de todos que vivem no entorno.

Não custa repetir. Com quase 80 anos, este senhor voluntariamente está há muito tempo mostrando na prática uma inspiração de parque linear, não é verdade? À boca miúda, já ouvi conversas de bastidores de que talvez haja outros atores que devem ajudar nesta empreitada. O que dizer? Que isto possa se tornar realidade fazendo valer o esforço de tantos anos deste “cidadão” paulista, que dá sentido à palavra pertencimento.

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