Grupo católico pró-LGBT é deixado de fora do Encontro Mundial das Famílias

Foto: mathiaswasik /Flickr

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25 Julho 2018

Organização católica leiga critica organizadores por sua exclusão do Encontro Mundial das Famílias, em Dublin.

A reportagem é publicada por La Croix International, 24-07-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

Um grupo católico leigo que apoia os direitos das mulheres e a igualdade de todas as pessoas, independentemente da preferência sexual, acusou os organizadores de discriminação por ignorarem sua inscrição no Encontro Mundial das Famílias (WMoF), em Dublin, no próximo mês.

We Are Church (WAC) (Nós somos a Igreja, em português) afirma que passou cinco meses tentando garantir um lugar no evento, que ocorre de 21 a 26 de agosto ao qual o Papa Francisco comparecerá durante sua viagem de dois dias à Irlanda, mas não recebeu nenhuma resposta.

O grupo apresentou a sua candidatura em fevereiro para se juntar a uma exposição na Royal Dublin Society (RDS), durante o congresso pastoral.

"Ainda não tendo recebido nenhuma decisão em meados de julho, e com o vencimento dos prazos do WMoF, finalmente cancelamos nosso depósito", disse o porta-voz do WAC Ireland, Brendan Butler.

"A falta da cortesia mais básica ao lidar com nossa aplicação, mostrou uma séria falta de respeito à WAC Ireland e é uma contradição total à inclusão anunciada do 'WMofF', da qual, diziam, todos são bem-vindos", completou.

A porta-voz do WMoF, Brenda Drumm, disse que o grupo não atende aos nossos critérios declarados.

Apesar do Papa Francisco defender o que alguns veem como uma visão mais liberal sobre os direitos LGBTs do que alguns de seus antecessores, outros líderes irlandeses também criticaram a Igreja por sua postura sobre a homossexualidade, além de uma série de questões.

A ex-presidente da Irlanda, Mary McAleese, se juntou a uma manifestação do Orgulho Gay em Dublin, no mês de junho, onde rotulou o ensinamento da Igreja Católica sobre a homossexualidade de "mal", e descreveu crianças batizadas como "crianças recrutas", nas quais a religião é forçada.

A Irlanda está vendo os níveis de frequência à Igreja diminuírem. Em junho de 2017, o país elegeu Leo Varadkar, filho de um imigrante indiano, gay, como seu primeiro-ministro.

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