Padre preso em operação pediu excomunhão para religioso que defendeu gays

Padre Beto (Roberto Francisco Daniel), foi excomungado em 2014 por defender temas polêmicos (Foto: Arquivo pessoal)

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23 Março 2018

O juiz eclesiástico Thiago Wenceslau, um dos religiosos presos na operação do Ministério Público que apurou desvio de dinheiro da Igreja Católica, em Formosa, em Goiás, foi o responsável pelo processo que resultou na excomunhão de Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, acusado de defender a relação entre gays, na Diocese de Bauru, no interior de São Paulo, em 2013. De acordo com o Ministério Público goiano, o padre Wenceslau foi convocado para apurar denúncias contra o clero de Formosa, mas agiu para encobrir os desvios.

A reportagem é de José Maria Tomazela, publicada por O Estado de S.Paulo, 20-03-2018.

Ele foi preso nesta segunda-feira, 19, na ação que prendeu também o bispo d. José Ronaldo Ribeiro e outros cinco sacerdotes, além de leigos, acusados de comprar bens materiais, carros e fazenda de gado com o dinheiro dos fiéis. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e continuavam presos nesta terça.

Segundo o MP, Wenceslau chegou a ameaçar os padres que deixassem de defender o bispo das acusações de desvios.

O juiz eclesiástico exerce a função de julgador de questões reservadas envolvendo os dogmas da igreja. No processo realizado pela Diocese de Bauru, o padre Beto foi acusado de defender temas polêmicos, como a união entre homossexuais, a falta de fidelidade entre cônjuges e a necessidade de mudanças na estrutura da Igreja.

Wenceslau assinou a peça enviada ao Vaticano, considerando que "o padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica" e defendeu sua excomunhão, deferida pelo papa. Beto recorreu à Justiça, e o caso será examinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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