Eletrobras gasta R$10 milhões ao ano com diretoria que prepara empresa para a privatização

Foto: Alexandre Marchetti / ItaipuBinacional

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23 Agosto 2017

Sob o argumento de cobrir o rombo fiscal e respeitar o Teto de Gastos que o próprio governo impôs, o Ministério de Minas e Energia propôs a venda da Eletrobras. A notícia já foi confirmada pela diretoria em nota à imprensa publicada no site da empresa. Em outra área menos acessada, de investidores, a empresa publicou um formulário em que prevê gastar até o fim deste ano R$ 10.7 milhões apenas com a remuneração total anual dos 7 membros de sua diretoria.

A reportagem é de Helena Borges e publicada por The Intercept, 22-08-2017.

Segundo o documento endereçado aos investidores, a remuneração total da diretoria custou R$7.8 milhões em 2016. O relatório informa que eram sete os membros remunerados. Já a previsão para 2017 é de R$10.7 milhões, também com sete membros na Diretoria Estatutária.

Em busca do valor de mercado

Apesar de proporcionalmente relevantes, os aumentos ainda não são o suficiente para fazer frente com o mercado. Segundo o site especializado EcononoInfo, a distribuidora de energia elétrica Light — empresa que fazia parte do conglomerado que compunha a Eletrobras e que foi privatizada em 1996 — paga R$25 milhões aos seus nove diretores. Mas é a lógica por trás desta comparação que confirma o caminho que leva à privatização: colocar como prioridade a competitividade de mercado é mudar o fundamento principal de uma estatal.

O “pro-labore” dos diretores, de fato se manteve, mas o pagamento por “benefícios diretos e indiretos” foi um dos índices que puxaram os gastos para cima: passou de R$963.8 mil em 2016 para R$1.7 milhão em 2017. Em um país pós-Reforma Trabalhista, a equipe alçada ao poder por Temer reafirma sua posição privilegiada ao aumentar seus próprios abonos.

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