Planeta Terra alerta: Sua dívida comigo aumentou, terráqueo

Mais Lidos

  • Niceia 1.700 anos: um desafio. Artigo de Eduardo Hoornaert

    LER MAIS
  • A rocha que sangra: Francisco, a recusa à OTAN e a geopolítica da fragilidade (2013–2025). Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Em vez de as transformações tecnológicas trazerem mais liberdade aos humanos, colocou-os em uma situação de precarização radical do trabalho e adoecimento psicológico

    Tecnofascismo: do rádio de pilha nazista às redes antissociais, a monstruosa transformação humana. Entrevista especial com Vinício Carrilho Martinez

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

11 Agosto 2016

"Temos acumulado essa dívida com o planeta há quase 50 anos. Já passou da hora de pagá-la" alerta Pedro Telles, coordenador da Campanha de Clima do Greenpeace Brasil, em artigo publicado por Brasil Post, 09-08-2016.

Eis o artigo.

Desde segunda-feira, 8 de agosto, nós terráqueos entramos em dívida com o planeta que nos abriga. Nosso consumo de recursos naturais desde o início de 2016 chegou ao máximo que o planeta consegue repor em um ano. Daqui pra frente, nosso estilo de vida vai consumir além dos limites ambientais da Terra.

Isso vem acontecendo todos os anos desde a década de 1970, e chamamos a data de Dia de Sobrecarga da Terra. Esse dia chega mais cedo a cada ano: uma década atrás, foi em 4 de setembro.

O pessoal da Global Footprint Network é quem calcula anualmente com base na pegada ecológica da humanidade. Atualmente, 60% do nosso impacto ambiental vem da emissão dos gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas - o maior desafio que enfrentamos no mundo hoje. Não à toa, no final do ano passado foi aprovado um importante acordo da ONU para conter as emissões desses gases.

Um meio ambiente ferido afeta a vida de todos nós. Só que o peso da responsabilidade é desigual. Países desenvolvidos consomem bem mais recursos naturais do que os em desenvolvimento: um australiano gera, em média, um impacto três vezes vezes maior do que um brasileiro, que por sua vez demanda três vezes mais recursos naturais do que um cidadão do Nepal (aqui o ranking). Além disso, dentro de cada país também há desigualdade no impacto de diferentes cidadãos, que geralmente acompanha a desigualdade de renda.

O poder para mudar isso está nas mãos de cada um de nós - não apenas na mudança de hábitos pessoais, mas também pela pressão sobre empresas e governos por transformações em grande escala. Cada vez mais precisamos do fim do desmatamento e do crescimento das novas energias renováveis.

Temos acumulado essa dívida com o planeta há quase 50 anos. Já passou da hora de pagá-la.

Veja também: