Violência contra crianças e adolescentes é alarmante no Brasil

Mais Lidos

  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

14 Julho 2016

Uma pesquisa realizada pela Flacso (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais) aponta que o Brasil é o terceiro país com maior número de mortos na faixa etária dos dez anos. A pesquisa analisou um grupo de 85 nações. Somente em 2013, 10.520 crianças e adolescentes perderam a vida no País, o que representa uma média de 29 mortes por dia.

A informação foi publicada por Rádio USP, 13-07-2016.

O pesquisador Renan Theodoro, do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP, indica outro dado levantado pela pesquisa da Flacso: o Brasil apresenta também taxas muito altas de violência geral ou agressões. Mas a informação mais alarmante é que grande parte dessas agressões decorre das relações domésticas, e não só das relações públicas. A violência na própria residência é um risco para os jovens brasileiros.

O pesquisador ressalta que, na última década, o peso proporcional das mortes por causas naturais diminuiu, o que representa um fator positivo do aumento da qualidade de vida dos jovens no Brasil. Ele alerta, no entanto, que os homicídios aumentaram sua contribuição nas taxas de mortalidade.

Por fim, Theodoro afirma que a violência contra crianças e adolescentes no Brasil é bastante específica. Enquanto foi registrada uma queda significativa nos homicídios de crianças brancas a partir de 2003, o número de crianças negras assassinadas mais que dobrou. Para o pesquisador, isto mostra que existe um alvo para os homicídios no País e este alvo tem cor e perfil socioeconômico bem definidos.

Ouça a entrevista do pesquisador para a repórter Sandra Capomaccio: