Rio chega a 100 dias dos Jogos como 'república de bananas', diz 'Guardian'

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28 Abril 2016

A 100 dias dos Jogos Olímpicos, o Rio de Janeiro "entra na reta final olímpica parecendo mais uma clássica república de bananas do que uma economia emergente moderna a ponto de assumir seu lugar entre as principais do mundo", segundo reportagem na edição impressa do jornal britânico The Guardian.

A reportagem foi publicada por BBC Brasil, 27-04-2016. 

O texto lista de problemas nacionais - queda drástica do PIB, votação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, escândalo de corrupção e epidemia do vírus da zika - que, segundo o jornal, dão tom de "melancolia" à contagem regressiva para a Rio 2016.

E cita ainda problemas locais, como a poluição na Baía da Guanabara, que "cheira a excremento", a morte de 11 trabalhadores nas construções olímpicas, a queda de parte da ciclovia Tim Maia e "declarações a favor da tortura, da misoginia e da ditadura militar feitas pelo político mais votado da cidade, Jair Bolsonaro".

Na versão online do texto impresso, também publicada nesta quarta-feira, o jornal mudou a expressão "república de bananas" para "república latino-americana".

O Guardian afirma que a percepção sobre os Jogos pode mudar na medida em que se aproximam, como aconteceu com a Copa do Mundo 2014, algo que os organizadores dizem poder ocorrer a partir da chegada da tocha olímpica ao país.

Mas o jornal diz que especialistas estão pessimistas sobre o legado do evento para o país. Será "um lixo", diz o diário.

Vítima de 'jeito brasileiro'

Outros veículos internacionais marcaram os 100 dias para a Olimpíada com reportagens semelhantes sobre o impacto da crise e também do noticiário recente na expectativa para o evento.

A alemã Deutsche Welle diz que o país "está atraindo a atenção do mundo pelas razões erradas, que podem ofuscar a primeira Olimpíada na América do Sul" e afirma que os organizadores estão "mantendo as expectativas baixas".

Para o jornal francês Le Monde, as obras relacionadas com a Olimpíada sofreram com o "jeitinho brasileiro", que descrevem como "finalizar tudo no último minuto". O jornal diz que o atraso de equipamentos para sedes como o velódromo "dá calafrios".

"Inicialmente incomodadas, as equipes do Comitê Olímpico Internacional parecem ter aceitado os métodos brasileiros", diz o texto.