Reforma Protestante: não há nada a ser celebrado, diz Cardeal Müller

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01 Abril 2016

O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Gerhard Müller, disse que os católicos “não têm nenhum motivo para celebrar” o começo da Reforma.

O cardeal alemão disse em uma extensa entrevista publicada em forma de livro: “Estritamente falando, nós, católicos, não temos nenhum motivo para celebrar o dia 31 de outubro de 1517, data que se considera o início da Reforma que conduz à ruptura da cristandade ocidental”.

A reportagem é de Staff Reporter, publicada por Catholic Herald, 31-03-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa

A data, conhecida como o “Dia da Reforma”, marca o envio de um documento por parte de Martinho Lutero ao arcebispo de Mainz e Magdeburg em que protestava contra a venda de indulgências – texto que veio a ser conhecido como as 95 Teses.

Lutero não propôs em seguida se separar da Igreja, mas as 95 Teses acabaram conduzindo à sua excomunhão em 1521.

A certa altura Müller diz: “Se estamos convencidos de que a Revelação se conservou íntegra e inalterada através da Escritura e da tradição na doutrina da Fé, nos Sacramentos, na constituição hierárquica da Igreja por direito divino, fundada sobre o sacramento da Ordem sagrado, não podemos aceitar que existam motivos suficientes para se separar da Igreja.”.

Estes comentários irão causar um alvoroço, tendo sido publicados um ano antes do 500º aniversário do Dia da Reforma. Inúmeras celebrações e comemorações estão planejadas para acontecer na Alemanha e em outros países.

O Papa Francisco irá viajar para a Suécia em outubro de 2017 para um encontro ecumênico, juntamente com representantes da Federação Luterana Mundial e de outras denominações.

No ano passado, o pregador papal, o Pe. Raniero Cantalamessa, elogiou o “enriquecimento teológico e espiritual” da Reforma.

O cardeal observou que os defensores da Reforma haviam enquadrado o papa como o anticristo a fim de “justificar a separação” da Igreja Católica.

O Cardeal Müller afirmou que o grande obstáculo ao ecumenismo foram o relativismo e a “adoção acrítica de ideologias modernas”.

Citando o Dei Verbum, documento do Vaticano II, ele acrescentou: “Uma protestantização da Igreja Católica a partir de um pensamento secular sem referência à transcendência não nos pode reconciliar com os protestantes, nem sequer pode permitir um encontro com o Mistério de Cristo, pois Nele somos depositários de uma Revelação sobrenatural a qual todos nós devemos, desde a completa obediência do intelecto e da vontade”.

No ano passado, o cardeal afirmou que, em debates sobre o matrimônio e os sacramentos, os pastores deveriam “ficar vigilantes e não esquecer as lições da história católica”. Ele declarou que a confusão em torno da natureza sacramental do matrimônio poderia levar a divisões semelhantes à da Reforma.

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