06 Janeiro 2016
As ocupações de escolas públicas estaduais por estudantes serão tema de uma pesquisa coletiva desenvolvida por acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Universidade Presbiteriana Mackenzie.
A reportagem é de Edison Veiga, publicada por O Estado de S. Paulo, 05-01-2016.
“Ainda não tínhamos nas páginas da nossa história um episódio tão relevante de protagonismo adolescente”, avalia a pedagoga Maria Stela Graciani, coordenadora do Núcleo de Trabalhos Comunitários e professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. “Com essa pesquisa, esperamos mostrar como esses jovens serão outras pessoas, amadurecidas, com base na experiência inusitada que vivenciaram.”
A Secretaria da Educação de São Paulo apresentou, em setembro, a reorganização de sua rede. A ação pretende reduzir o número de segmentos das escolas estaduais para que tenham ciclo único, ou seja, atendam os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º), anos finais (6º ao 9º) e ensino médio separadamente.
Maria Stela afirma que ainda não fechou o número de professores participantes do trabalho, pois os interessados estão sendo reunidos. O estudo deve usar os vídeos produzidos pelos estudantes durante as ocupações, além de entrevistas com os próprios alunos, seus familiares e professores.
Experiências vistas pelos pesquisadores que visitaram algumas escolas ocupadas também serão incorporadas à pesquisa. “Esperamos ter resultados a médio prazo”, diz a professora. Ela espera que o projeto seja apoiado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, órgão colegiado permanente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
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USP, PUC e Mackenzie vão pesquisar invasões de escolas em SP - Instituto Humanitas Unisinos - IHU