Por: Jonas | 22 Janeiro 2015
O bispado de Münster (norte da Alemanha) proibiu um sacerdote de sua diocese de pregar e, portanto, falar em nome da Igreja, tanto no interior como no exterior do templo, após participar de uma manifestação de caráter islamofóbico e tomar a palavra para criticar o islã.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 21-01-2015. A tradução é do Cepat.
Segundo um comunicado emitido pelo Bispado, o sacerdote Paul Spälting se somou, em janeiro, a uma das concentrações organizadas pelo movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida), em Duisburgo, e se dirigiu aos congregados nesse ambiente.
Com seus raciocínios, denuncia o Bispado, o sacerdote abre espaço para “ideologias de direitas, para a xenofobia e para o confronto entre religiões que não tem cabimento dentro da Igreja católica”.
Spälting criticou que o decano da catedral de Colônia tenha decidido apagar a luz durante a manifestação dos Pegida, nessa cidade, como demonstração de rejeição a esse movimento, e também que a chanceler Angela Merkel tenha dito em público que o islã faz parte da Alemanha.
O Bispado rejeita categoricamente a visão “distorcida” que o sacerdote possui da história e do presente e define suas palavras como “perigosas” ao incitar o ódio ao islã.
“Abusou de sua autoridade como sacerdote e pastor”, acrescenta o Bispado, que elogia os cristãos que, nestes dias, vão às ruas na Alemanha contra a islamofobia e se mostra convencido de que não há nenhum risco de islamização no país, fazendo referência ao movimento que polarizou a sociedade alemã e que tem seu bastião na cidade de Dresden.
Após tais argumentos, explica que o bispo, Felix Genn, decidiu aplicar o artigo 764 do Código de Direito Canônico e proibir o sacerdote de pregar.
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Bispo de Münster suspende padre por apoio à islamofobia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU