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A loucura de Erasmo contra a heresia do ''papa-deus'' Júlio II

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10 Março 2014

O novo livro de Silvana Seidel Menchi, Giulio di Erasmo da Rotterdam (Editora Einaudi), parece ser apenas uma longa introdução a um texto do século XVI, mas na verdade é um ensaio claro e fascinante sobre a relação entre o maior intelectual do século XVI, Erasmo de Rotterdam, e o papa mais terrível de seu tempo, Júlio II.

A opinião é de historiador italiano Adriano Prosperi, professor da Universidade de Pisa e membro da Accademia Nazionale dei Lincei, a principal academia científica da Itália. O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 05-03-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Nosso tempo parece prisioneiro de um feitiço: a dimensão da historicidade é excluída, a memória coletiva é uma tela onde um diretor anônimo passa imagens aleatórias. Mas é possível viver o presente e imaginar o futuro sem ter em conta o passado? Em suma, para que serve a história? Foi para responder a essa pergunta de uma criança que Marc Bloch descreveu sua ideia do ofício do historiador. Artesanato delicado, arriscado, emocionante e difícil, porque o passado é um lugar desconhecido, e aqueles que ali se aventuram não podem ir como se fossem a uma excursão organizada de turismo de massa. Você precisa tornar-se um explorador e arqueólogo, aprender pacientemente a decifrar palavras e traços que são só aparentemente familiares.

Um exemplo é este novo livro de Silvana Seidel Menchi, aparentando ser apenas uma longa introdução a um texto do século XVI, na verdade é um ensaio claro e fascinante sobre a relação entre o maior intelectual do século XVI, Erasmo de Rotterdam, e o papa mais terrível de seu tempo, Júlio II.

Do Papa Júlio II - o sanguíneo Giuliano Della Rovere - continua sendo, até hoje, aquela "memória clara e honrosa", da qual julgou-o digno o historiador Francesco Guicciardini. No entanto, o homem que se fazia chamar pelos cortesãos da época de "alter Deus" - um outro Deus na terra - comprou os votos para se tornar papa, usava armadura e não vestes papais e, para construção de seu túmulo, começou nada menos do que a reconstrução da basílica de São Pedro para colocar no centro o seu monumento fúnebre construído por Michelangelo.

Sabia-se do papado simoníaco e de seus hábitos de sodomia, assim como muitos outros aspectos de uma personalidade violenta além dos limites, mas ninguém tinha coragem de falar sobre isso. Ou melhor, quase ninguém: na sua morte, o autor anônimo de um panfleto imaginou, para seus leitores, o diálogo entre São Pedro e a alma de Júlio II que estava batendo na porta do paraíso e tentava entrar à força, gabando-se de seus crimes. Esse texto permaneceu manuscrito por anos. Foi publicado pela primeira vez por Ulrich von Hutten, na Alemanha, em 1517, enquanto a revolta de Lutero irrompia contra a comercialização de indulgências papais. Mas quem foi o autor?

O que apareceu de imediato foi o nome de Erasmo de Rotterdam, que se defendeu, negando. Hoje, Silvana Seidel Menchi demonstra com uma pesquisa magistral que aquela atribuição era bem fundada e conta neste livro como e por que o texto escrito na Inglaterra, entre 1512 e 1514, para a diversão de um pequeno círculo de leitores, foi mantido oculto, primeiro por medo dos riscos que se corria atacando o papa e depois, uma vez publicado, foi negado por Erasmo.

Covardia de Erasmo? Pelo contrário, de acordo com a historiadora. Ter escrito o diálogo foi um ato "de excepcional liberdade intelectual". Mas agora, para o autor, se tratava de evitar estar envolvido - e submergido - em uma batalha diferente daquela a qual ele dedicou o seu trabalho: que estava todo investido na difusão de uma nova cultura e de um cristianismo escolarizado e levemente evangélico. Esse diálogo foi escrito para um grupo fechado, composto por poucos e confiáveis amigos. Com a sua propagação, o autor temia não só os perigos pessoais, mas também um dano à sua obra maior e, a longo prazo, a perseguição em outro circuito, o público e aberto da imprensa, onde só a proteção dos poderosos, do papa ao imperador, poderia salvá-lo dos ataques de intolerância clerical.

O que ele achava dos papas da época, não só de Júlio II, mas também de Leão X, a quem chamou de "a praga do cristianismo", era reservado aos amigos íntimos. Mas a extraordinária aceleração da história produzida no curto espaço de uma década tinha mudado todo o contexto, dando um novo sabor ao diálogo satírico. A revolução silenciosa da imprensa tinha se transformado em uma grande revolução política e social.

Diante disso, Erasmo se retirou: se Lutero não era capaz de traduzir o diálogo de Júlio, Erasmo não queria ter nada a ver com o "javali alemão". E, todavia, Hutten estava certo ao dizer que suas obras continuavam combatendo a mesma batalha dos reformadores religiosos. Foi longo o caminho, mesmo na Itália: onde, no entanto, o velho papado tridentino foi capaz de cobrir com o manto da hipocrisia a persistência dos velhos vícios.

Pensa-se que personagens como o Papa Paulo III, feito cardeal por causa da beleza de sua irmã, e Júlio III, que criou cardeal o seu jovem amante, são lembrados como reformadores católicos. Histórias distantes, aparentemente. Mas deve haver uma razão pela qual ainda hoje o eco do escândalo dos padres pedófilos chega à cultura democrática italiana abafado pela enésima sedução de um novo papa reinante.

 


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